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27 de novembro: Dia da Maconha Medicinal

O potencial terapêutico da cannabis, suas formas de uso e crescimento do mercado no Brasil

Foto: divulgação
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Comemorado no dia 27 de novembro no Brasil, o Dia da Maconha Medicinal é uma data que traz à tona o debate sobre as propriedades da cannabis, cada vez mais reconhecida por seu potencial terapêutico. Hoje, esse tipo de tratamento já é realidade para cerca de 430 mil brasileiros, de acordo com pesquisa recente da Kaya Mind, startup brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis.

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Desde 2015, quando a terapia com produtos à base de cannabis passou a ser permitida no Brasil por meio de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a importação individual, o número de pessoas interessadas só cresce. De acordo com Igor Cogo, médico da Gravital do Rio de Janeiro, clínica focada em tratamentos à base de cannabis, o mercado com produtos derivados de cannabis vem aumentando exponencialmente. “A procura tem crescido devido às melhoras clínicas visíveis que ela traz aos pacientes, proporcionando bastante qualidade de vida”, afirma ele. O médico diz que, em seu consultório, atende diversas condições em que é possível prescrever cannabis e obter ótimos resultados, sendo as principais: Transtorno do Espectro Autista, dor crônica, ansiedade, além de crise convulsiva e epilepsia. Ele também recebe pacientes portadores de doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson, assim como praticantes de atividades físicas e atletas.

Sistema endocanabinoide e formas de uso

A vasta aplicação do medicamento é possível graças ao sistema endocanabinoide. Trata-se de um sistema rico e complexo já existente em nosso organismo, responsável por interagir com os fitocanabinoides presentes na planta. “É um sistema integrado com nosso sistema nervoso central, se caracteriza por um conjunto de receptores e enzimas que trabalham como sinalizadores entre as células e os processos do corpo humano, tendo como principal função manter o organismo em equilíbrio”, explica o médico.

É possível consumir medicamentos à base de cannabis de diversas formas, como por via oral, em comprimidos, óleos e sprays, ou aplicação tópica, em pomadas e cremes, por exemplo. As principais diferenças da forma de uso são tempo de ação e duração. “O que vai determinar a administração e o tipo é qual condição clínica o paciente apresenta, assim, podemos individualizar melhor a administração. Em atletas, por exemplo, é interessante o uso oral/sublingual e, em alguns momentos, uso tópico para melhores resultados”, explica Cogo. Ele também salienta que o óleo ainda é a forma mais utilizada, assim como a comestível. “Temos bastante sucesso terapêutico em ambas, mas sempre individualizando cada caso”, finaliza ele.

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