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Feriado: Doria pede que população não vá para litoral e fique em casa

(Foto: Reuters/Amanda Perobelli/Agência Brasil)
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Governador enfatizou que todas as praias do estado estão fechadas

O governador de São Paulo, João Doria, fez um apelo nesta quarta-feira (8) para toda a população do país, solicitando que, neste feriado da Páscoa, as pessoas evitem se deslocar até o litoral paulista. Para isso, o governador lembrou que todas as praias do litoral de São Paulo estão com seus acessos fechados para evitar aglomerações nesta época da pandemia do novo coronavírus.

“Faço aqui um apelo: por favor, não se dirijam especialmente ao litoral de São Paulo. Se possível, fiquem em suas casas. Permaneçam em casa durante o período da Páscoa”, disse Doria. “As praias estão fechadas, todas elas. Do litoral norte à Baixada Santista e litoral sul. Nenhum acesso às praias do litoral de São Paulo está permitido”, acrescentou.

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Durante entrevista concedida hoje no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o governador voltou a falar da necessidade de as pessoas se manterem em casa, o quanto for possível, como melhor medida de proteção contra o novo coronavírus.

O governador lembrou ainda que a quarentena vale para todo o estado de São Paulo e que, qualquer cidade paulista deve evitar a formação de aglomerações. “A orientação vale para todo o estado de São Paulo. Não é compreensível que pessoas imaginem que esse problema esteja só na capital ou na região metropolitana. Ele atinge todo o estado de São Paulo. O agrupamento de pessoas está proibido [no estado]”, falou Doria, acrescentando que a Polícia Militar já foi orientada para reprimir aglomerações em todo o estado. “A Secretaria de Segurança Pública está orientada, juntamente com os prefeitos, a agir. Primeiro, na orientação. Na sequência, na advertência; depois, a multa. E depois, a prisão”, disse ele.

Na entrevista, Doria criticou o fato de pessoas estarem atacando médicos e cientistas. “Nossa guerra é contra o coronavírus. Não é contra a medicina”, disse o governador. “Por favor, respeitem os médicos. Respeitem a medicina. Respeitem os enfermeiros. Respeitem aqueles que estão doando sua ciência, experiência, vida, trabalho e dedicação para ajudar as pessoas a manterem suas vidas e sua saúde.”

São Paulo tem hoje 5.682 casos confirmados de coronavírus, com 371 óbitos. Há ainda 861 pacientes internados em estado grave nas unidades de terapia intensiva e 815 em enfermarias.

Cloroquina

O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, voltou a falar hoje sobre o uso de cloroquina como tratamento da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Recuperado da infecção pelo novo coronavírus, Uip não comentou se fez uso da substância em seu tratamento e pediu respeito à sua privacidade. Já o seu amigo, o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, do Hospital Sírio-Libanês, admitiu hoje (8) que usou cloroquina no tratamento

Segundo Uip, o uso da cloroquina foi liberado pelo Ministério da Saúde para todos os pacientes que estão internados, desde que o médico recomende o uso e o paciente autorize. Ele lembrou, no entanto, que a cloroquina é um medicamento que tem efeitos adversos e deve ser usado com cuidado.

“A cloroquina está indicada para pacientes internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, explicou, ressaltando que, sua eficiência no tratamento da covid-19 ainda não foi comprovada cientificamente.

O secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que estão sendo distribuídos para uso nos hospitais públicos. 

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