O Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina recebe exposição de cartuns até o dia 30 de junho. A exposição foi desenvolvida em comemoração ao aniversário da Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio das Lontras.
Engajado com a causa ambiental, Fernando José Pimentel Teixeira adquiriu uma área de Mata Atlântica no município catarinense de São Pedro de Alcântara, aproximadamente 50 km de Florianópolis e ali criou com sua esposa Christiane uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, uma unidade de conservação em caráter perpétuo, a RPPN Rio das Lontras.
E ninguém menos que o escritor e cartunista Ziraldo o responsável pela identidade visual da Reserva. Quando a logomarca completou dez anos o casal lançou o projeto “Viva as Lontras”, onde mais de uma centena de artistas brasileiros e internacionais participaram com suas versões em homenagem a Reserva. Estão em exposição 42 obras, uma rara reunião de cartuns dos mais variados estilos e de nomes importantes como Maurício de Sousa, Laerte Coutinho, Jal, Jean Galvão, Spacca, Nani, Baptistão, Orlando Pedroso, Pryscila, Aroeira, Fernando Gonsales, Dalcio Machado, entre outros grandes nomes.
O acervo já foi exposto no Salão de Humor de Piracicaba, o maior do gênero no mundo e agora é a vez do Museu Histórico Dom Pedro I e Dona Leopoldina receber essa exposição que reflete sobre a sustentabilidade, meio ambiente, bem-estar e futuro do planeta Terra. Para Fernando “levar a exposição Viva as Lontras para Pindamonhangaba é uma imensa felicidade. É a cidade da minha família, onde cresci e morei até os 22 anos, foi onde aprendi a admirar e respeitar a natureza, as belezas cênicas da Serra da Mantiqueira, os rios, a fauna e a flora da Mata Atlântica”.
Mas o que é uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN é uma Unidade de Conservação de domínio privado e perpétuo, com objetivo de conservação da biodiversidade, sem que haja desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade. Pode ser criada em áreas rurais e urbanas. Pessoas físicas, jurídicas, ONGs, entidades civis ou religiosas podem requerer o reconhecimento total ou parcial de suas propriedades como RPPN. Com o objetivo de cumprir o dever constitucional de defender o meio ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações; contribui com a proteção da biodiversidade, dos recursos naturais e dos serviços ecossistêmicos; fortalece corredores ecológicos, auxiliando na conectividade da paisagem; enriquece a qualidade ambiental e colabora com a redução do efeito das mudanças climáticas.
Como explica o diretor de meio ambiente da prefeitura de Pindamonhangaba Rafael Cavalcante “tanto as RPPN’s quanto a nosso exemplo o TRABIJU são UCs, ou seja, Unidades de Conservação, mas cada uma tem suas particularidades. O Trabiju é uma Unidade de Conservação Integral, já as RPPN’s podem ter modelos bem menos restritivas em seu uso, mas seus objetivos gerais são sempre de conservação ambiental”.
O museu fica aberto de terça a domingo das 9h às 17h. Entrada gratuita.