O Ônibus da Saúde da Prefeitura de Pindamonhangaba ficará na Praça Monsenhor Marcondes entre segunda-feira (25) e quarta-feira (27), das 8 às 16h30, para atendimento de prevenção ao câncer bucal.
Haverá um dentista especializado em diagnóstico bucal atendendo pessoas para analisar possíveis casos de câncer bucal. Os pacientes que tiverem lesões suspeitas serão encaminhados para tratamento no CEO (Centro de Especialidades Odontológicas).
De acordo com a assessora de saúde bucal de Pindamonhangaba, dentista Thaylla Lopes, a ação faz parte da campanha municipal de prevenção e tratamento ao câncer de boca e terá atendimentos de livre demanda. “Todos que estiverem passando pela praça poderão receber orientações sobre o câncer bucal, instruções sobre como escovar os dentes corretamente, além de atendimento com dentista especializado para análise bucal”, informou.
Ela ressaltou a importância do diagnóstico precoce, pois assim “é possível um tratamento menos invasivo e um prognóstico mais favorável. Por isso a campanha do câncer bucal é realizada todos os anos em Pindamonhangaba e a orientação da toda população é fundamental. Podemos salvar vidas diagnosticando precocemente esse tipo de câncer”, afirmou.
Thaylla destacou que o objetivo é a análise de aspectos relacionados ao câncer bucal. “Serão atendimento exclusivos com esse propósito, uma busca ativa para detecção de lesões precoces ou avançadas que podem ser de câncer de boca, para iniciarmos o imediato tratamento”. Para os serviços odontológicos de limpeza, tratamento, restauração, extração dentes, dentre outros procedimentos, os pacientes devem buscar as unidades de saúde nos bairros.
Além da análise por dentista, a inciativa contará com orientações e distribuição de escovas de dentes. Uma equipe da UniFunvic vai instruir as pessoas a realizarem a escovação de maneira correta.
A ação ainda conta com apoio da Sensodine, Ipro Radiologia, Alvo Segurança, Intracer Confecções e Estamparias.
Mais sobre o câncer de boca
O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, anualmente são registrados mais de 15 mil casos da doença e número elevado de mortes, com mais de 6 mil por ano – principalmente em homens.
Os principais sinais de câncer são: lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas; nódulos (caroços) no pescoço; rouquidão.
Em casos mais avançados existe dificuldade de mastigar, de engolir, de falar, de movimentar a língua, além de sensação de peso na garganta.
Tabagismo, consumo elevado de álcool, exposição ao sol sem protetor solar, excesso de peso, além de infecção pelo vírus HPV e exposição a produtos químicos aumentam consideravelmente as chances de aparecimento da doença.
O câncer de boca pode ser detectado em fase inicial, o que permite tratamento mais efetivo e cura.
Quando uma lesão suspeita é identificada, a biópsia (exame de um fragmento da lesão) deve ser realizada. Se confirmado o câncer, o paciente deve ser encaminhado para tratamento especializado.
O diagnóstico do câncer de cavidade oral normalmente pode ser feito com o exame clínico (visual), mas a confirmação depende da biópsia. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem definir o tratamento adequado.
As lesões iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento. O diagnóstico inicial permite tratamento com melhor resultado funcional, visto que tumores diagnosticados em estágios mais avançados vão implicar em tratamentos mais agressivos com maior chance de sequelas.
Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores.
A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer