Início Pindamonhangaba Secretaria de Saúde anuncia ações para combater leishmaniose em Pinda

Secretaria de Saúde anuncia ações para combater leishmaniose em Pinda

Foto: divulgação/Assessoria de Imprensa
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A Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba está em guerra contra mais inimigo da saúde pública. Com ações fortes no enfrentamento da pandemia do coranavírus e na luta contra a dengue, agora o município está anunciando as ações para enfrentar a leishmaniose.

Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica de Pinda recebeu técnicos da Sucen e CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Governo do Estado, que vieram realizar um estudo. “Foram colocadas armadilhas para identificar o tipo de vetor transmissor e será verificada a possibilidade de controle químico, uma vez que o transmissor está em área de proteção ambiental, onde não podemos utilizar química,” explicou o coordenador do Programa de Saúde da Vigilância Epidemiológica, Ricardo Costa Manso.

Segundo levantamento da Vigilância Epidemiológica do município, neste ano já foram notificados 8 casos, com predominância no bairro do Araretama (região próxima ao Rio Una). As unidades de saúde vão realizar busca ativa e acolhimento dos casos para serem identificados e tratados na Unidade de Infectologia da Secretaria de Estado de Saúde. Outra ação que estará em curso será a colocação de armadilhas e controle químico nas moradias próximas aos focos a serem encontrados.

A leishmaniose tegumentar americana é uma doença infecciosa causada por diferentes espécies de protozoários, que acomete pele e mucosas. Popularmente, é conhecida como ferida brava e é transmitida através da picada de um inseto conhecido como “mosquito palha”, pois tem seu corpo revestido por pelos de coloração clara, tipo cor de palha.

“É um mosquito facilmente reconhecido pelo seu comportamento de voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas. Desenvolve-se no solo úmido e com matéria orgânica, portanto muito presente próximo a córregos e rios”, ressaltou Ricardo.

Sintomas
A doença pode levar de dois a três meses para se manifestar após a picada do inseto vetor, desenvolvendo uma ou mais feridas na pele que não cicatrizam, geralmente nas partes expostas à picada do inseto (pernas, braços, mãos, rosto e pescoço).

Quando não tratada pode atingir o nariz e a boca. Ao exame podem ser observados vermelhidão e ulceração (ferida). Se não tratada, esta forma poderá causar deformações graves no corpo do paciente, tais como perda parcial ou total do nariz, lábios e pálpebras. As principais queixas são obstrução nasal, eliminação de crostas (cascas), sangramento no nariz, dificuldade de engolir, dor ao engolir, rouquidão e dificuldade para respirar.

Foto: divulgação

Tratamento e Recomendações
A doença tem tratamento e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde. Ela pode ser prevenida através de cuidados individuais para evitar a picada do inseto transmissor, sendo recomendado para as pessoas que trabalham na mata ou que fazem trilhas e passeios no ambiente silvestre, o uso de repelentes e de camisas e calças de manga comprida. Outras dicas importantes em seu ambiente são:

• Usar repelentes quando exposto a ambientes próximos de matas, córregos e rios;
• Evitar exposição nos horários de atividades dos insetos transmissores;
• Usar mosquiteiros de malha fina, bem como, telas em janelas e portas. Cuidados com o ambiente para evitar a proliferação do inseto;
• Limpeza de quintais e terrenos baldios;
• Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos (galinhas, porcos, cães, etc.);
• Poda de árvores;
• Destino adequado de lixo orgânico (restos de frutas, folhas, fezes de animais, etc.);
• Deixar os animais domésticos (galinhas, porcos, cães, etc.) distantes do domicílio durante a noite;
• Evitar a construção de casas próximas às matas.

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