Se você é um empreendedor, já deve ter se questionado qual é o melhor caminho para aumentar o valor de seu negócio. Isso faz parte de uma boa gestão financeira, e para que essa valorização ocorra, é importante analisar a situação da empresa através do valuation.
Primeiramente, precisamos entender do que se trata o valuation. Este indicador é muito utilizado entre investidores para calcular quanto valem suas transações, entre elas aquisição de ativos. Essa avaliação vai estimar o valor da empresa no mercado, dando uma perspectiva do preço que ela teria em caso de venda, ou ainda oferecendo parâmetros sobre o valor de compra de uma concorrente. Esse processo pode auxiliar também na perspectiva de busca de injeção de capital.
Na prática, fazer uma avaliação da sua empresa é essencial, mesmo que você não tenha intenção de colocá-la à venda. Esse exercício permitirá o acesso ao histórico financeiro e contábil do seu negócio, ajudando na projeção de crescimento para o futuro, dando ainda insumos sobre o que precisa ser organizado dentro de casa para aumentar a performance de cada área.
Portanto, essa é a chave para que você se mantenha sempre atualizado sobre os números da sua empresa, podendo, assim, traçar estratégias futuras, valorizando seu negócio e buscando crescimento.
Valuation x gestão financeira
Mas como o valuation impacta na gestão financeira de uma empresa? Aqui já respondemos que a ligação entre um e outro é de 100%. O processo de avaliação de um negócio ajuda a dar uma percepção de mercado que facilita a manutenção de uma boa gestão financeira.
Além disso, o empresário se mantém antenado sobre o que acontece dentro da sua companhia, conseguindo tomar decisões estratégicas que agreguem valor para uma possível atração de investidores. “O valuation é a principal ferramenta de comunicação que você tem para explicar a sua empresa para os times financeiros dos investidores potencialmente interessados nela”, diz Nestor Casado, CEO da Capital Invest – M&A Advisors.
Segundo ele, se o valuation não estiver baseado premissas consideradas realistas pelos próprios investidores interessados, ou não for profissional, o time financeiro do adquirente fará uma avaliação por conta própria, o que pode impactar diretamente no valor do seu negócio. “Normalmente o valuation realizado por alguém que ainda não conhece bem a empresa é bem mais conservador, e dificilmente o empreendedor conseguirá boas ofertas pela sua empresa a partir dessa avaliação”, complementa Nestor Casado.
Como manter uma boa gestão financeira
Agora que você entendeu que valuation e gestão financeira caminham juntos, aqui damos algumas dicas sobre como realizar esse processo de maneira adequada, buscando sempre gerar valor e diminuir os riscos do seu negócio.
- Avalie a lucratividade
O lucro é a alma de qualquer negócio, e ele deve ser o primeiro item a ser avaliado em um processo de valuation. As projeções de lucratividade impactam diretamente na escolha do investidor na hora de injetar capital ou adquirir uma empresa. Para que esse processo esteja em ordem, mantenha sua contabilidade organizada e avalie em quais períodos sua empresa obteve melhor lucro. Isso ajudará a seguir com uma boa gestão financeira, preparando a empresa para o crescimento.
- Saiba qual é o seu potencial de crescimento
Com os números em mãos, você já terá maiores perspectivas sobre quanto o seu negócio pode crescer e em quanto tempo. Isso ajudará na tomada de decisões estratégicas, como avaliar se é ou não o momento de buscar capital no mercado para alavancar a empresa ou expandir sua atuação. Caso você queira colocá-la à venda, é importante fazer um valuation antes e durante o período de crescimento do negócio, pois assim os investidores poderão avaliar o potencial de rendimentos futuros.
- Busque independência em relação aos ativos
O processo de avaliação da empresa te dará um panorama mais claro sobre o real valor de seu negócio. Se ele estiver totalmente relacionado aos ativos, algo precisa ser feito pela gestão financeira. Uma empresa saudável é avaliada pelo que ela pode render no futuro, e não apenas com base no valor de venda de seus ativos atuais. Por isso, busque independência de sua empresa em relação aos ativos mantendo um fluxo de caixa futuro saudável e atrativo.
- Controle seus passivos
A gestão dos ativos não deve ser a única preocupação do empreendedor. Saber como estão os passivos, ou seja, o saldo devedor da empresa, também é de extrema importância para manter uma boa gestão financeira. Todas essas dívidas, sejam elas trabalhistas, fiscais, tributárias ou referentes a empréstimos, devem ser contabilizadas na hora de avaliar um negócio. Identificar essas dívidas com antecedência dá ainda ao empreendedor maior tempo de preparação para organizar a casa antes de buscar capital ou de colocar a empresa à venda.
- Diversificação e longevidade
Ter uma base de clientes vasta e diversificada é um grande atrativo para um negócio. A capilarização evita que um possível prejuízo impacte negativamente toda a empresa, dando maiores perspectivas de recuperação. Por isso, o empreendedor deve sempre buscar aumentar a taxa de faturamento proveniente de uma maior massa de clientes.
Além disso, é importante sempre se manter atualizado sobre a longevidade do seu negócio, ou seja, o quanto ele é sustentável no longo prazo. Negócios de baixa longevidade, ainda que sejam lucrativos, exigem maior manutenção para se manterem ativos.
- Avalie a força da sua marca
Manter uma marca forte em seu setor de atuação é muito importante para valorizar o negócio. Para descobrir se sua marca possui representatividade, é preciso fazer análises de mercado, avaliar concorrentes e descobrir o quão ligada ao consumidor a sua empresa está. Isso determinará o valor da companhia.
Todo esse processo de organização da gestão financeira pode ser obtido através de um bom valuation profissional. Para isso, busque uma assessoria especializada, como a Capital Invest, que oferece consultoria em M&A, auxiliando empreendedores a prepararem suas empresas para compra e venda com maior valor e menor risco.
Fonte: Capital Invest – assessoria especializada em fusões e aquisições.