Paralisação protestou contra intransigência da direção da empresa; essa foi a 10ª reintegração por ações judiciais nos últimos 3 anos
Nessa sexta-feira, dia 30, os trabalhadores da fábrica Elfer, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação contra a postura intransigente da direção da empresa e contra práticas de assédio moral.
Após a empresa insistir na demissão irregular de um trabalhador vítima de acidente de trabalho, a Justiça do Trabalho determinou sua reintegração, que ocorreu nessa quinta-feira. Essa foi a 10ª reintegração por ações judiciais movidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos nos últimos três anos.
Júlio César Geraldi, 38 anos, sofreu acidente na fábrica três anos atrás, quando teve que amputar parte do dedo indicador. Ele se qualificou e já trabalhava em função compatível com a lesão, como controlador de qualidade, mas havia sido demitido este mês.
“O sindicato teve uma atuação rápida, no mesmo dia o Anderson (dirigente sindical) me ligou, marcou reunião, pessoal bem companheiro mesmo. Emprego para uma pessoa lesionada é muito difícil. Agora me sinto amparado, em saber que vou ter condição de dar um sustento pra família”, disse Júlio César.
Segundo o vice-presidente André Oliveira, a reintegração foi possível por causa da Convenção Coletiva de Trabalho, que garante direitos específicos aos metalúrgicos da CUT.
“A empresa insistiu na demissão irregular, contra a lei, e essa intransigência ocorre até em questões simples, que não geram custo à empresa, como a mudança na jornada. Felizmente, na Elfer os trabalhadores são muito unidos e com mobilização a gente consegue avançar”, disse.
A Elfer emprega cerca de 90 funcionários na fabricação de peças de alumínio e prestação de serviços no distrito do Feital.