O caso de extrema crueldade contra um cavalo em Bananal (SP) ganhou novos desdobramentos e trouxe à tona o temor do próprio acusado.
O jovem Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, que confessou ter decepado duas patas do animal, afirmou estar com medo de ser morto por ordem do chamado “tribunal do crime”, após receber uma enxurrada de ameaças nas redes sociais.
Chamado de “verme” e “monstro” por internautas revoltados com a barbárie, ele relatou insegurança diante das represálias.—
“Muitas pessoas me ameaçando de morte. Falam que vão mutilar meus braços e minhas pernas. Como é que eu ando na rua?
Tenho que ficar trancado em casa” — declarou em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Globo.
Apesar de reconhecer a crueldade do ato, Andrey tentou justificar que estava embriagado no momento.—
“Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo.
Não é culpa da bebida, é culpa minha.
Eu reconheço meus erros” — disse.
O acusado ainda negou ter deceparado as quatro patas do cavalo, como apontam as primeiras imagens, e alegou que a mutilação ocorreu após a morte do animal.
A versão, no entanto, ainda está sob investigação, já que a Polícia Civil suspeita de que o crime tenha sido praticado enquanto o animal estava vivo.
Uma nova perícia deve ser realizada nesta quarta-feira (20).
A mãe do jovem também foi ouvida e pediu para que as ameaças contra o filho cessem.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ela tentou defender Andrey e pediu que a população não pratique violência.
O caso, que ganhou repercussão nacional, levantou uma onda de revolta e indignação entre defensores da causa animal.
Enquanto a polícia apura os fatos, o jovem afirma temer não apenas a Justiça, mas também o julgamento paralelo das ruas.