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Fábio Carille no comando do Vasco: o que o torcedor cruzmaltino pode esperar para 2025

O Vasco empatou seus dois primeiros compromissos do Campeonato Carioca (1×1 contra o Nova Iguaçu e 0x0, em casa, contra o Bangu) ao atuar com um elenco alternativo, mesclando jogadores da base que não foram à Copa São Paulo, reforços e atletas que buscam ritmo de jogo.

Outro desfalque é o técnico Fábio Carille, que ainda não foi à beira do gramado, enviando Ramon Lima para comandar o time B nos primeiros compromissos do ano. Carille se reuniu diversas vezes para determinar do plano de jogo à rotação do elenco Cruz-Matino, mas aguarda ter força máxima para estrear como comandante vascaíno em 2025.

Como é o estilo de jogo de Fábio Carille?

Consistência defensiva é a principal base dos trabalhos de Carille, sendo um treinador que dificilmente varia taticamente, mas aposta em seu característico 4-2-3-1 para resistir à pressão do time adversário e sair em velocidade pelos lados do campo.

Suas escalações, principalmente na parte do ataque, costumam ter funções bem definidas que já podem ajudar o torcedor a se preparar para o que verá nos jogos do Vasco em 2025. Isso, porque o quarteto ofensivo é composto, por dentro, por um organizador centralizado, um centroavante tradicional como referência. Para os lados do campo, o técnico de 51 anos prefere ter um ponta característico — de bom drible e velocidade para chegar à linha de fundo — e outro jogador técnico, mas mais móvel que o organizador central. Ele deve ser capaz de se aproximar da construção dos meias por dentro, mas também precisa abrir o jogo com velocidade quando necessário.

Seguindo tanto os característicos conceitos de jogo de Carille e as informações que surgem dos testes e jogos-treino feitos pela comissão técnica, a escalação ideal do Vasco teria: Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor, Maurício Lemos e Lucas Piton; Jair, Tchê Tchê, Paulinho, Payet e Coutinho; Vegetti.

Um dos principais destaques do modelo de jogo que se espera do Vasco é a possibilidade de incluir os dois craques do time na mesma escalação. Payet e Coutinho são dois jogadores de muita qualidade técnica, mas baixa intensidade na marcação. Carrile, como um especialista defensivo, deve montar seu time pensando na cobertura defensiva para os dois destaques.

Títulos, sobrevivência, retranca e polêmicas

A galeria de troféus de Carille é invejável, sobretudo quando consideradas as conquistas como auxiliar técnico — com destaque para os Campeonatos Brasileiros, Libertadores e Mundial que ganhou junto do técnico Tite no Corinthians. Como treinador principal, complementa sua prateleira com o troféu do Brasileirão de 2016 com o Timão e, na última temporada, o título da Série B com o Santos.

Mas apesar dos trabalhos vitoriosos, muitos treinadores, principalmente do Alvinegro Praiano criticam o estilo do técnico que, após ajudar o time a escapar do rebaixamento em 2021, voltou à Vila Belmiro para subir o time para a primeira divisão em 2024. Apesar do acesso — até de forma antecipada — Carille recuava o time em muitos momentos e não encontrava alternativas para superar o adversário, com empates e derrotas acumuladas por essa postura colocando volta para a Série A sob ameaça durante a temporada. Isso fez com que a torcida do Santos se virasse contra o comandante que, por muitas vezes, saía correndo de campo sem cumprimentar a torcida e, em entrevista coletiva, declarou que sentia mais pressão em comandar o Corinthians. Indo além da menção ao rival e postura contrária ao futebol tradicionalmente ofensivo santista, Fábio Carille ainda foi contra outro grande patrimônio do clube ao não prestigiar os jogadores da base — outro fator imprescindível para a torcida e mesmo parte da diretoria do Santos.