Também conhecida como Biblioteca da Vila, a Biblioteca Pública Municipal “Maria do Carmo dos Santos Gomes” será o tema central desta série de matérias especiais que têm como objetivo evidenciar os espaços culturais de nossa Pindamonhangaba.
Localizada na Vila São Benedito, mais especificamente na Rua Guilherme Nicoletti, 1169, para além do que emprestar livros, a biblioteca se destaca como um centro de inclusão social, promoção da leitura e desenvolvimento cultural.
Desde a sua inauguração em 19 de outubro de 2007, a Biblioteca Dona Carminha tem sido um centro de conhecimento, abrigando, atualmente, um acervo diversificado de quase 11 mil exemplares. Seja para os amantes da literatura infantil, jovem ou adulta, ou para aqueles que buscam obras técnicas e periódicos, há algo para todos os gostos e idades.
A biblioteca tem um espaço amplo, que comporta uma variedade de atividades culturais, desde contação de histórias até oficinas de literatura e artes, palestras, cursos e apresentações musicais, por isso a biblioteca Dona Carminha se tornou um ponto de encontro para pessoas de todas as idades em busca de enriquecimento intelectual e social.
As bibliotecas públicas municipais fazem parte da Secretaria de Cultura e Turismo. A rede municipal de Bibliotecas Públicas é composta por 5 bibliotecas ativas, essa da Vila São Benedito, uma no centro, uma em Moreira César, uma na Estação Cidadania, no Vale das Acácias, e a recentemente inaugurada no Castolira, além da que será inaugurada no Araretama. Esta rede possui mais de 26.000 usuários cadastrados.
“Acabamos de receber uma bibliotecária para fazer a automação dos livros e empréstimos. Grande parte dos livros no local ainda não foram cadastrados, contudo, a ideia é que, a partir de deste ano, pelo menos 90% dos livros estejam disponibilizados no sistema online de bibliotecas”, afirmou a responsável pelas bibliotecas públicas municipais, Rosi Cardoso.
Conheça a Patrona da Biblioteca:
Maria do Carmo dos Santos Gomes, carinhosamente conhecida como “Dona Carminha de Coruputuba” ou “professora Carminha”, foi professora, parteira, vereadora e voluntária de projetos sociais e faleceu em 13 de abril de 2021, apenas três meses antes de seu 86º aniversário, que seria em 2 de julho.
A vida de Carminha é lembrada por suas inúmeras contribuições para a comunidade. Ela foi uma vizinha bondosa, uma parteira abençoada e uma assistente social dedicada à resolução dos problemas sociais. Como vereadora, trabalhou para aproximar o povo e o governo.
Carminha foi uma mestra comprometida em educar seus alunos, uma profissional dedicada em suas funções e uma cidadã voluntária engajada em projetos sociais. Ela também dedicou seu tempo à Santa Casa de Pindamonhangaba e à missão salesiana de Dom Bosco, demonstrando uma atuação exemplar junto à igreja e em favor dos pobres e necessitados.
Seus 60 anos de serviços prestados à Fábrica de Papel, sob a tutela do benfeitor Dr. Cícero Prado, não serão esquecidos. Carminha nutria profunda admiração, respeito e gratidão por ele, tanto que se certificava de que o jornal Tribuna do Norte sempre lembrasse do aniversário do “capitão da indústria”.
Além de suas contribuições sociais, Carminha também incentivou os jovens a praticarem boas práticas e foi uma jogadora de futebol, enfrentando os desafios de uma época em que as mulheres raramente tinham oportunidades nesse esporte.
Durante sua vida, Maria do Carmo dos Santos Gomes recebeu merecidas homenagens de instituições locais e pessoas de seu convívio. Sua memória foi perpetuada com a denominação da biblioteca da Vila São Benedito e o recebimento da Comenda Medalha Honra Capitão Bicudo Leme, concedida pela Câmara Municipal, entre outras condecorações sinceras e significativas.
