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Ubatuba já tem 267 casos confirmados de dengue

(Foto ilustrativa - divulgação)
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A Vigilância em Saúde de Ubatuba informa que já chegou a um total de 267 o número de casos confirmados da dengue no município, dos quais 259 são autóctones, isto é, contraídos na própria cidade e 08 importados. Os dados estão no Boletim de Arboviroses – que incluem dengue, zika, chikungunya e febre amarela – divulgado na quinta-feira, 9 de maio.

O boletim informa ainda que há um total de 1.051 casos suspeitos aguardando resultado de exame e 17 casos descartados laboratorialmente, isto é, em que os exames deram negativo para dengue. Outros 291 foram descartados clinicamente, ou seja: a evolução dos sintomas indica não se tratar de dengue, mas de outra virose. Não há registro de óbito por dengue em 2019.

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O aumento expressivo de casos em 2019 é decorrência da circulação em Ubatuba do virus tipo 2 da dengue. Em outros anos, a maior parte dos casos de dengue eram dos tipos 1, 3 e 4. Ou seja, há menos pessoas na cidade com anticorpos contra o tipo 2 e, por isso, mais casos notificados da doença.

Os boletins de atualização com dados da dengue são emitidos todas as terças e quintas-feiras e podem ser acessados na página da Vigilância em Saúde: https://www.ubatuba.sp.gov.br/administracao-direta/sms/vigilancia-em-saude/

Criadouros e transmissão da dengue

O aumento de casos também é resultado do elevado número de criadouros do mosquito Aedes aegypti na cidade. Segundo os dados mais recentes de Avaliação de Densidade Larvária (ADL), feita pela equipe de controle de endemias da Vigilância em Saúde, o índice geral de infestação no município de Ubatuba caiu de 2,6 para 1,8 porém continua bem alto: o ideal é que esse valor fique abaixo de 1,0.

A transmissão do vírus da dengue acontece pela fêmea do Aedes aegypti que, ao picar uma pessoa infectada, transporta o vírus para uma pessoa sã. A fêmea também coloca ovos que se tornarão larvas dos futuros mosquitos. E seu habitat preferido é dentro das residências.

Por isso, a Prefeitura de Ubatuba pede que a população reforce as ações de eliminação de criadouros do mosquito dentro de suas casas: todo recipiente que possa acumular água deve ser eliminado ou mantido com a boca para baixo. Isso inclui ralos externos, calhas, caixas d’água, reservatório de água pluvial (chuva), prato de vasos de plantas, porta-escova de dentes e mesmo o reservatório de degelo da geladeira.

“O combate à dengue só é possível com o apoio de toda a população. A Prefeitura sozinha nunca estará dentro de todas as casas”, reforça o prefeito de Ubatuba, Délcio Sato (PSD).

Além do controle de criadouros, o protocolo de combate à dengue inclui o uso de larvicida e a nebulização (popularmente conhecida como “fumacê”) em áreas onde há confirmação laboratorial de casos da doença. Porém a equipe da Vigilância em Saúde alerta que o fumacê tem baixa eficácia além de criar mosquitos mais resistentes a inseticidas. As atividades educativas nas escolas e a constante mobilização social, com mutirões, panfletagens e conversas de orientação à população são parte da rotina dos agentes de combate a endemias.

Cuidados em caso de suspeita de dengue

Em caso de aparecimento de sintomas da dengue como febre, coceira, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo e nas juntas (articulações) e manchas vermelhas pelo corpo, beba muito líquido e procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa. Não deixe de fazer o retorno para realização do exame laboratorial, conforme a orientação médica e não tome medicamentos à base de salicilatos, como aspirina ou AAS, que podem aumentar o risco de agravamento de hemorragias decorrentes da doença.

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