Moradores do bairro Parque das Palmeiras em Pindamonhangaba estão dando uma grande lição de cidadania e preocupação com o próximo. Uma área verde localizada na rua José Alfredo Coli Correia Júnior, que antes era utilizada para descarte irregular de lixo, transformou-se num agradável espaço de convivência social com parquinho e pomar de frutas.
Tudo começou em 2019, quando Jozemara Bastos Cardoso, acompanhada de seu neto Joaquim, decidiu plantar uma muda de árvore no local. “O espaço estava tomado de mato e muitas pessoas vinham de outros bairros depositar lixo, resto de construção, podas de árvores e outros objetos no local. Achei que não ia dar conta, mas fomos limpando e assumimos a limpeza do espaço, contratando inclusive um morador para fazer a capina”, afirmou Jozemara.
Após a limpeza, a moradora começou a pintar pneus e plantou árvores frutíferas. A boa ação da moradora contagiou outros vizinhos que abraçaram a causa com ela e o voluntariado cresceu no bairro. “Tem moradores de outras ruas que ajudam e hoje utilizam o espaço para brincar com seus filhos e netos. Realizar a manutenção do espaço ficou mais em conta, porém no início deu trabalho”, afirmou a moradora.
Com o espaço limpo e organizado, a comunidade uniu-se e adquiriu um parquinho de madeira que foi construído pela empresa RB Marcenaria Infantil. “A empresa fez um preço bem em conta e rachamos com os moradores. Lembro que na primeira compra que fizemos para o espaço contamos com apoio do Douglas, Dona Rosana e Suzi, e depois outros vizinhos foram se juntando. Agora estamos orçando mais brinquedos e nosso objetivo é instalar casinha de madeira e uma gangorra”, afirmou Jozemara.
Além do novo paisagismo e brinquedos o espaço conta com árvores frutíferas que dão amora, morango e jabuticaba. “Aqui recebemos crianças de todas as ruas do bairro para brincar e comer frutas e a nossa ideia é ter também manga, goiaba, abacate, maracujá, ameixa e acerola”, comentou a moradora.
Jozemara conta que está buscando agora apoio da Prefeitura para aterrar um espaço mais baixo e para colocar iluminação. “Hoje as pessoas respeitam e não jogam mais lixo neste espaço, que se tornou um ponto de encontro de mães e avós que trocam experiências e lições de vida do nosso cotidiano. Costumo falar que para mim é um local de terapia, principalmente por ter perdido meu primeiro neto e agora com a chegada do segundo, aqui eu pude dividir as dores mas também compartilhar muitas alegrias”, finalizou.