Em tempos de pandemia, permanecer em casa e respeitar o distanciamento social deixou de ser uma escolha individual para se tornar um ato de cidadania. E, para quem vive nas ruas, a consciência sobre o direito de ser protegido e o dever de preservar a saúde do próximo vem crescendo e começa a preencher vagas nos abrigos de São José dos Campos.
Desde a ampliação das vagas em função do coronavírus no início de abril, 40 pessoas já aceitaram acolhimento e outras 196 que estavam momentaneamente pela cidade e desejaram voltar para os municípios de origem, receberam passagens.
O joseense Marcos Vinícius Gonçalves Nogueira, de 22 anos, decidiu sair de casa no fim de março, depois de se desentender com a família, devido ao uso de drogas.
Depois de 5 dias vivendo nas ruas, ele foi abordado pela equipe do Apoio Social e aceitou ir para o abrigo na mesma hora.
Marcos conta que, enquanto estava na rua, tinha que conviver e dividir espaços, o que lhe causava preocupação em função dos riscos de contágio e disseminação do vírus. “A gente não sabe se quem está ao lado está contaminado. Isso é muito perigoso agora.”
Antes de ir para o novo lar, ele passou por um médico. Logo que chegou ao abrigo, recebeu orientações sobre como se cuidar e proteger nesta época de pandemia. Além disso, pode se alimentar adequadamente, tem espaço para cuidar da própria roupa e ainda terá a oportunidade de receber tratamento para a dependência química. “Depois que passar esse período de quarentena que o médico pediu, quero me cuidar e ficar livre do vício.”
O recém acolhido ainda ressaltou a importância do trabalho da assistência social neste período. “Esse serviço é fundamental para tirar as pessoas da rua e proteger a todos nesta fase”, concluiu.
Mais abrigos
São José dos Campos ampliou em 24% o número de vagas em abrigos em função do coronavírus.
Antes da pandemia, São José contava com 218 vagas, divididas em abrigos masculino, feminino e LGBT, família, além de acolhimento para pessoas com dificuldades em atividades diárias (AVD).
Graças a ampliação, a cidade passará a oferecer 270 vagas, aumentando a capacidade de atendimento para a população de rua em geral.
Acolhimento especializado
Aqueles que sofrem de dependência química, como o Marcos, poderão optar pela internação em comunidades terapêuticas. 42 novas vagas foram abertas, exclusivamente para a população de rua, permitindo o atendimento tanto de quem já está abrigado, quanto daqueles que aceitarem acolhimento agora.
Grupos de risco
Idosos e pessoas com doenças crônicas também estão recebendo tratamento diferenciado.
Por se tratar de grupos com maior risco de morte no caso de infecção pela Covid-19, o acolhimento está sendo feito em instituições separadas do público em geral. Idosos junto com idosos e pessoas com comorbidades em abrigos diferentes dos demais.
Isolamento
De acordo com o protocolo da Secretaria de Saúde, casos suspeitos com sintomas leves como coriza e febre devem permanecer isoladas. Para isso, a Prefeitura de São José dos Campos já preparou espaços para cumprir essa medida também com a população de rua.
Nos casos mais graves ou com mais sintomas associados como tosse e dificuldade para respirar, as equipes estão orientadas a encaminhar o paciente à UBS ou a Unidade de Pronto Atendimento para que receba o tratamento adequado.
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