O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou, nesta terça-feira (19), a prisão temporária de Alessandro Neves dos Santos, 24 anos, investigado pelo assassinato de Sarah Picolotto dos Santos Grego, 21 anos, em Ubatuba, Litoral Norte paulista.
A medida foi determinada após recurso do Ministério Público, mas, desde que deixou a delegacia, o acusado não foi mais visto.
Agora, é considerado foragido da Justiça.Sarah desapareceu na madrugada de 10 de agosto, após sair com amigos.
Seis dias depois, seu corpo foi localizado em uma área de mata no bairro Rio Escuro, com sinais de estrangulamento e parcialmente coberto por vegetação.
Em depoimento, Alessandro confessou ter enforcado a jovem dentro de sua casa e indicou à polícia o local onde ocultou o corpo.
Disse ainda que arrastou a vítima até a mata numa tentativa de esconder o crime.
Imagens de vídeo mostram Sarah em situação de vulnerabilidade pouco antes de ser morta, e a Polícia Civil apura se houve a participação de outras pessoas.
Mesmo após a confissão, Alessandro foi colocado em liberdade em audiência de custódia.
Na ocasião, a 2ª Vara de Ubatuba rejeitou o pedido de prisão temporária, alegando que a medida seria “excepcional” e destacando que o investigado havia colaborado com a investigação.
Apenas medidas cautelares, como quebra de sigilos e interceptações, foram autorizadas.
A decisão gerou revolta em Ubatuba.
A promotora de Justiça Heloíse Maia da Costa recorreu, sustentando que a liberdade do acusado ameaçava o andamento das investigações, já que ele poderia interferir nas provas e até pressionar testemunhas.
O recurso foi aceito pelo TJ, que decretou a prisão temporária de 30 dias, prorrogáveis.
Em despacho, os desembargadores afirmaram haver “indícios mais do que suficientes” de homicídio qualificado.
A Polícia Civil realiza buscas, mas até agora o acusado não foi localizado.