O tabagismo é uma das principais causas do desenvolvimento de diversas doenças, incluindo o câncer de pulmão, primeiro mais incidente em homens e o quarto em mulheres em todo o mundo.
Apesar da evidência e dados que apontam todos os danos à saúde, cerca de 1,25 bilhão de pessoas no mundo, são fumantes, e mesmo com a diminuição nos últimos anos, continua sendo preocupante, afinal, o tabaco é responsável pela morte de 8 milhões de pessoas por ano, segundo dados.
O Instituto do Câncer Brasil, com unidade em Taubaté-SP, procura trazer novidades no enfrentamento do câncer e melhorias no diagnóstico e nos tratamentos. Segundo o Dr. Eduardo Zucca, oncologista do Instituto, não importa o tipo de cigarro – mentolado, eletrônico ou de palha, por exemplo – todos trazem malefícios e danos à saúde.
“O cigarro não causa somente o câncer de pulmão, pode causar câncer também em outras partes do corpo como: boca, lábio, gengiva, traqueia, laringe”, explica.
Conheça cinco motivos fundamentais para não subestimar os malefícios do tabaco e para tomar medidas para abandonar esse vício tão prejudicial tanto para a saúde individual, quanto coletiva.
1. Aumento do risco de doenças que podem levar ao óbito precoce.
Fumar está diretamente associado a uma série de doenças graves e potencialmente fatais, incluindo o câncer de pulmão, câncer bucal, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVCS).
2. Prejuízos à Saúde Respiratória.
Fumar danifica irreversivelmente os pulmões e compromete a capacidade respiratória. Pessoas fumantes são mais propensas a desenvolver condições como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema e bronquite crônica.
3. Impacto Econômico.
Além dos custos associados aos cuidados de saúde para tratar as doenças relacionadas ao tabaco, o hábito de fumar também representa um fardo econômico significativo para os fumantes. O dinheiro gasto em cigarros ao longo do tempo pode ser substancial e poderia ser utilizado de maneira mais produtiva em outras áreas, como educação, lazer ou investimentos financeiros.
4. Efeitos sobre a Qualidade de Vida.
Os fumantes podem experimentar falta de ar, tosse crônica, fadiga e diminuição da resistência física. Pode prejudicar também a saúde bucal, levando ao mau hálito, cáries dentárias e doença periodontal. A dependência da nicotina também pode causar ansiedade, irritabilidade e depressão.
5. Impacto na vida de amigos e familiares.
Além de um ambiente desagradável, para amigos e familiares, o fumante não afeta apenas a própria saúde, mas também coloca em risco o bem-estar e qualidade de vida, daqueles que estão ao seu redor. Afinal, os fumantes passivos, que inalam a fumaça do cigarro de outras pessoas, correm o risco de desenvolverem problemas respiratórios e as mesmas doenças dos fumantes ativos.
Cigarro eletrônico entre jovens acende alerta para problemas futuros
Nos últimos anos, o cigarro eletrônico ganhou notoriedade entre os jovens, com a promessa de que seria menos nocivo do que o tabaco comum, o que fez com que muitas pessoas optassem por ele.
Eles funcionam vaporizando líquidos que muitas vezes contêm nicotina, além de outros produtos químicos. Estudos têm demonstrado que esses líquidos e os vapores resultantes podem conter substâncias cancerígenas, sendo assim, a inalação dessas substâncias pode danificar o tecido pulmonar e aumentar o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão ao longo do tempo. Além das substâncias cancerígenas presentes nos cigarros eletrônicos, o ato de vaporizar também pode causar danos aos pulmões.
A conscientização continua sendo o melhor caminho
Segundo o médico oncologista Dr. José Márcio Figueiredo, diretor do Instituto do Câncer Brasil, embora a relação direta entre o uso de cigarros eletrônicos e o câncer de pulmão ainda esteja sendo estudada, existem evidências que sugerem uma ligação preocupante.
“Diante dos inúmeros malefícios do cigarro, seja ele eletrônico ou tradicional, é essencial reconhecer a importância de abandonar esse hábito prejudicial para toda a população. Através de campanhas e ações de conscientização, a população deve ser incentivada a reconhecer os perigos reais do tabaco e buscar recursos para iniciar sua jornada livre do fumo”, alerta.