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Como o whisky é produzido?

Foto: @ freepic.diller
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Quando se trata de bebidas alcoólicas, o whisky é uma das opções mais populares entre os apreciadores. Mas já parou para pensar em como essa bebida tão apreciada é produzida? Neste artigo, vamos explorar todo o processo de produção do whisky, desde a escolha dos ingredientes até o envelhecimento em barris de carvalho. Prepare-se para descobrir os segredos por trás da fabricação desse líquido dourado.

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A produção do whisky envolve uma combinação cuidadosa de ingredientes de qualidade, técnicas de destilação específicas e um período de envelhecimento que aprimora os sabores e aromas da bebida. Vamos mergulhar nesse mundo fascinante e conhecer cada etapa do processo de produção do whisky.

Aqui estão os passos principais que vamos explorar:

Escolha dos grãos

A primeira etapa no processo de produção do whisky é a escolha dos grãos. Os grãos utilizados podem variar, mas os mais comuns são o milho, a cevada, o centeio e o trigo. A escolha dos grãos é de extrema importância, pois eles são a base para a criação do sabor e aroma característicos do whisky.

  • Milho: é um grão essencial na produção do bourbon, um tipo de whisky americano. Ele confere um sabor adocicado e suavidade à bebida.
  • Cevada: é um dos grãos mais utilizados na produção de whisky. A cevada maltada é ideal para a fermentação, pois possui enzimas que transformam o amido em açúcar, fundamental para a produção do álcool.
  • Centeio: é utilizado principalmente na produção de whisky americano do estilo rye. O centeio dá um sabor picante e robusto à bebida.
  • Trigo: é utilizado em diferentes estilos de whisky, como o bourbon e o scotch. O trigo adiciona suavidade e maciez ao produto final.

Ao selecionar os grãos, é importante garantir que eles estejam em perfeitas condições, livres de impurezas e de boa qualidade. Os grãos são cuidadosamente moídos para facilitar a fermentação e obter todos os açúcares necessários.

Processo de malteação

A malteação é uma etapa fundamental no processo de produção do whisky. É nessa fase que os grãos são preparados para liberar seus açúcares fermentáveis, que serão posteriormente transformados em álcool durante a fermentação.

O primeiro passo da malteação é a seleção dos grãos, que geralmente são cevada, milho ou centeio. Os grãos são então lavados e colocados em um tanque de água para hidratá-los. Após a hidratação, os grãos são espalhados em uma camada uniforme e deixados para germinar por alguns dias.

Durante a germinação, os grãos começam a liberar enzimas que são responsáveis por quebrar os amidos em açúcares fermentáveis. Para garantir que o processo de germinação ocorra corretamente, os grãos são constantemente virados manualmente ou por máquinas para evitar o acúmulo de calor e umidade em determinadas áreas. Essa etapa é crucial para o desenvolvimento de sabores e aromas característicos do whisky.

Após a germinação, os grãos são secos em uma estufa para interromper o processo de germinação. O objetivo é preservar as enzimas que foram liberadas durante a germinação, mas interromper o crescimento dos brotos. O tempo de secagem varia de acordo com o tipo de grão e o perfil de sabor desejado para o whisky.

Após a secagem, os grãos maltados estão prontos para serem moídos e transformados em uma farinha grossa conhecida como “grist”. Essa farinha será utilizada posteriormente no processo de fermentação. A malteação é uma etapa essencial para a produção do whisky, pois é nesse momento que os grãos são preparados para a próxima etapa do processo.

Destilação

O processo de destilação é a etapa crucial na produção do whisky. É durante essa fase que ocorre a separação dos componentes líquidos com diferentes níveis de volatilidade, resultando em um líquido alcoólico mais puro e com maior concentração de aromas e sabores.

A destilação do whisky é realizada em alambiques de cobre, que são tradicionalmente utilizados na indústria de destilados. O líquido resultante da fermentação é aquecido no alambique, e o vapor alcoólico é coletado e condensado em um tubo de resfriamento, transformando novamente em líquido. Esse processo é repetido ao longo de várias destilações, chamadas de “runs”, para garantir a pureza e a qualidade do whisky.

  • No primeiro run, conhecido como “wash run”, o líquido resultante da fermentação é aquecido e destilado, resultando em um líquido conhecido como “low wines”. Esse líquido contém aproximadamente 20% a 30% de álcool.
  • No segundo run, conhecido como “spirit run”, o “low wines” é destilado novamente para obter o líquido conhecido como “new make spirit”. Nessa etapa, a concentração de álcool aumenta para cerca de 60% a 70%.

Após a destilação, o “new make spirit” passa por um processo de maturação em barris de carvalho para adquirir características únicas de sabor, aroma e cor. A destilação é responsável por fornecer a base alcoólica do whisky, enquanto o envelhecimento em barris é responsável pela evolução e desenvolvimento de sua personalidade.

Envelhecimento em barris

A etapa final no processo de produção do whisky é o envelhecimento em barris. Essa fase é crucial para dar ao whisky seu sabor e características únicas. Durante o tempo em que o whisky é armazenado nos barris, ele adquire compostos e sabores provenientes da madeira, o que adiciona complexidade e profundidade à bebida.

Os barris usados para envelhecer o whisky são feitos de carvalho, pois essa madeira é porosa e permite a interação do líquido com o ar. Além disso, a madeira de carvalho também contribui com notas de baunilha, caramelo e especiarias ao whisky.

O processo de envelhecimento pode levar vários anos, e quanto mais tempo o whisky permanecer nos barris, mais suave e complexo ele se tornará. Durante esse período, o whisky também passa por uma oxidação controlada, o que ajuda a suavizar os sabores e a equilibrar as notas aromáticas.

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