Em 2008, o mundo testemunhou o surgimento de um novo mercado financeiro, repleto de novos termos, conceitos: as criptomoedas, sendo o Bitcoin a pioneira nesse cenário. Como a primeira moeda totalmente digital e universal, o Bitcoin prometia revolucionar os mercados tradicionais, introduzindo novas possibilidades e métodos para realizar transações financeiras.
No início, o Bitcoin enfrentou muita desconfiança. Como poderia existir uma moeda não controlada por nenhuma empresa, governo ou intermediário? Quem seria responsável por ela? No entanto, demonstrou resiliência ao longo do tempo. Não apenas se tornou uma alternativa viável aos mercados financeiros convencionais, mas também emergiu como a principal escolha de investidores e até mesmo empresas, para uma variedade de usos, desde investimentos até reserva de valor, dada sua notável capacidade de valorização, e até mesmo para transações do dia a dia.
Outro grande acerto do Bitcoin foi abrir caminho para o surgimento de outras criptomoedas. Satoshi Nakamoto, o pseudônimo por trás do criador (ou criadores) da primeira criptomoeda do mundo, incentivou a criação de novas moedas, e isso se concretizou. Atualmente, o mercado é vasto em termos de opções de ativos e possibilidades.
Impactos das criptomoedas para a economia global
Vencida a desconfiança inicial, o Bitcoin hoje desafia a crença nas finanças centralizadas e nos mercados tradicionais. Há exemplos de países que estão caminhando para adotar o ativo digital como moeda corrente legal, como El Salvador, Honduras e a Ilha da Madeira em Portugal, o que demonstra como a influência do criptomercado já atinge até mesmo governos. Miami, por exemplo, aspira se tornar a capital mundial do Bitcoin.
O Brasil não fica de fora dessa revolução. Um dos casos mais conhecidos da adoção do Bitcoin como moeda corrente está em Rolante, no Rio Grande do Sul. A cidade, em parceria com o comércio local e os moradores, decidiu adotar a criptomoeda para pagamentos corriqueiros. Atualmente, mais de 100 estabelecimentos na cidade aceitam esse tipo de pagamento, se tornando um dos cases de maior sucesso do mundo.
A descentralização é uma das características que têm conquistado cada vez mais adeptos. Em um momento em que a política mundial enfrenta grande agitação e a economia global reflete isso, uma forma de dinheiro totalmente descentralizada, que não sofre interferências políticas ou interesses corporativos, parece ser a maneira mais confiável de manter o dinheiro seguro, especialmente diante da inflação, um problema crônico das moedas fiduciárias.
Outro impacto notável é a corrida dos governos para se adaptarem a esse novo cenário e até mesmo criarem suas próprias moedas digitais. No Brasil, o criptomercado é pauta recorrente no Congresso, e o Banco Central brasileiro está trabalhando na criação de sua própria moeda digital, que não deve demorar a ser lançada.
É inegável que as criptomoedas mudaram para sempre a economia mundial. Uma série de transformações ocorreram a partir delas e devem continuar ocorrendo nos próximos anos.
