O Centro Cultural Waldemar Belisário, na Vila, recebeu o segundo DEA (desfibrilador externo automático) do projeto “Ilhabela Cidade Cardio Protegida” na última quinta-feira (28). Com isso, a cidade passa a contar com dois equipamentos, (o outro fica no Paço Municipal), para utilização por profissionais de saúde e pessoas capacitadas pela equipe responsável da iniciativa em casos de emergências cardiovasculares.
O projeto é pioneiro no Brasil e tem como intuito minimizar os impactos causados por doenças cardiovasculares e é coordenado pelo médico cardiologista Carlos Alberto Maknavicius, pela especialista em Urgência e UTI com ênfase em cardiologia, enfermeira Suelen Monteiro de Almeida e pelo enfermeiro Fábio Luis, coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O principal objetivo é capacitar servidores públicos, voluntários e profissionais das equipes de Atenção Primária à Saúde para atuação nos três primeiros elos da “corrente de sobrevivência” que tem papel crucial na recuperação de vítimas de parada cardíaca.
Comerciantes e voluntários da região central passaram por treinamento para utilizar o equipamento. Além de serem instruídos acerca da realização da reanimação cardiopulmonar (RCP), os voluntários aprenderam sobre como realizar os primeiros socorros com o DEA e onde encontrá-lo, ocupando a primeira etapa da “corrente de sobrevivência”.
Segundo o médico cardiologista, Carlos Alberto Maknavicius, estima-se que no Brasil ocorrem 400 mil mortes por ano devido à parada cardíaca sendo metade por arritmias cardíacas e que levam a morte se o atendimento não for realizado de forma rápida. “Pensando no cenário nacional, o projeto visa treinar o maior número de pessoas desde comerciantes à população em geral, para atuarem na corrente de sobrevivência. Assim, reconhecer uma parada cardíaca, iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar, pedindo ajuda para o acionamento do SAMU e buscando o DEA mais próximo para o uso quando necessário”, frisou.
Para a enfermeira Suelen Monteiro de Almeida “A Vila é o nosso Centro Histórico e possui uma alta circulação de pessoas, inclusive nesse período de temporada. Em 2024 queremos continuar com as capacitações e treinamentos tanto para a população voluntária quanto aos comércios no entorno de onde nós vamos disponibilizar os DEAs, assim fazer com que essa informação chegue ao maior número de pessoas possível”, destacou.
O enfermeiro e coordenador do SAMU, Fábio Luis, foi responsável por ministrar o treinamento. “A importância da população estar aprendendo isso é que o primeiro atendimento vai fazer a diferença, então eu como enfermeiro do SAMU, não consigo chegar aos locais em tempo hábil, ou seja, um máximo de cinco minutos. Quanto mais pessoas aprenderem e quantos mais DEAs tiverem espalhados pela cidade, mais rápido esse atendimento será iniciado, é uma corrente da sobrevivência”, frisou.
Sabrina Ferreira, funcionária do comércio local, falou sobre suas impressões em relação ao curso. “Foi incrível, eu aprendi muito e acredito que seria ótimo se todos fizessem o treinamento. Acredito que agora estou mais preparada para uma emergência porque fiz a parte prática. Agora que a cidade vai estar mais cheia na temporada é ainda mais importante”, ressaltou.
Victoria Stephane, colega de Sabrina, também participou do treinamento. “Eu achei incrível, não sabia nada sobre e foi maravilhoso ter essa experiência e esse conhecimento. Faz diferença poder ajudar caso tenha algum acidente. Em qualquer ambiente é importante ter esse conhecimento a mais, inclusive em casos de emergência em casa”. Valdemir J. de Oliveira, marinheiro, participou da capacitação e falou sobre a importância do DEA e dos primeiros socorros. “No meu ponto de vista é muito importante estar inserido nessa prática de ensinar a utilizar DEA, pois irá salvar vidas, como o instrutor mesmo disse o primeiro atendimento é o mais importante”, finalizou.
Para saber mais sobre o Projeto “Ilhabela Cidade Cardio Protegida” entre em contato com a Secretaria de Saúde pelo telefone (12) 3896-9200.