Pais dos alunos do 4.º ano da escola rural também participaram enviando vídeos
A professora do 4.º ano da Escola Municipal José da Fonseca Braga, Eliane Venâncio, em Santo Antônio do Pinhal-SP, desenvolveu um projeto com seus alunos cujo conteúdo, resultado e apresentação são dignos de um grande prêmio acadêmico.
Ela transformou uma pequena escola rural em um grande laboratório e os alunos em brilhantes cientistas de campo. Não estamos falando dos laboratórios fechados, sem janelas. Pelo contrário, o laboratório das crianças é o quintal de suas casas, o rio, a bica, a nascente e o pátio da escola.
O tema escolhido para o trabalho de campo foi “E a água como vai?”. A escola fica no bairro rural Rio Preto, distante a 13 quilômetros do centro de Santo Antônio do Pinhal.
“As crianças saíram e fizeram a pesquisa. Os pais também participaram. Os moradores antigos do bairro Rio Preto foram entrevistados e o resultado foi apresentado hoje”, disse a professora Eliane Venâncio, que completa 40 anos de magistério.
A apresentação na escola, com a presença de alguns pais, lideranças e comunidade aconteceu com exposição de fotos, relatório estatístico feito pelas crianças e exibição de imagens no telão.
Foram explicados todos os processos de apuração da pesquisa para identificar a fonte de água recebida em casa e sua qualidade. Muito diferente das cidades urbanas, no bairro Rio Preto foi constatado que mais de 90% da comunidade utiliza água de fontes naturais.
As imagens e vídeos impressionam pela qualidade, simplicidade e a beleza do trabalho escolar. Os alunos e pais enviaram vídeos mostrando as fontes de água e bicas que possuem em casa ou nos arredores. Outro dado importante da pesquisa de campo, além de a própria comunidade contar a história do Rio Preto, foi a constatação que a população local preserva o rio e as fontes de água para terem um consumo seguro e sem poluentes.
