A última pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil no ano de 2022 revela que São Paulo é o estado com maior estrutura de saneamento básico do Brasil, dando o primeiro lugar ao município de Santos. Ainda assim, aproximadamente 31% da população paulista não recebe saneamento de água e tratamento de esgoto residencial. O Instituto ainda revela que dos R$ 13,7 bilhões destinados ao estado pelo Governo Federal entre 2016 e 2020 para saneamento, não foram suficientes.
De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), cerca de 42,1 milhões de habitantes, ou seja, 98,4% da população do estado são beneficiados com o recebimento de água tratada. O tratamento de esgoto é ofertado a 91,7% dos paulistas, sendo que somente 69,2% o recebe com estrutura adequada.
Devido à falta de apoio de empresas municipais para o tratamento apropriado de esgoto, assim como da quantidade demasiada de carga orgânica, boa parte destas substâncias é despejada de maneira inadequada em superfícies mananciais. Como consequência, poluição de mares e rios.
Além disso, as residências e comércios que não têm acesso ao tratamento de esgoto adequado, utilizam tubulações para coleta de resíduos e estações elevatórias. Estas, por sua vez, conduzem o esgoto até a estação de tratamento que, por ser infavorável, como dito antes, é derramada em locais impróprios.
O que a população precisa estar consciente é que tem o direito de ter acesso à água saudável diretamente às suas casas, assim como saber a procedência da mesma e, ainda, como o esgoto está sendo tratado. Portanto, é necessário cobrar dos governantes quando há carência de saneamento básico.
Como é a distribuição de rede de esgoto e saneamento básico nos demais estados brasileiros?
O Trata Brasil aponta também que cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao tratamento de rede de esgoto em seus lares. Os números são mais alarmantes quando a falta de água tratada também é uma realidade intrínseca a 35 milhões de pessoas em nosso País.
Na falta de água devidamente tratada, o ideal é investir em tratamentos para transformá-la em água potável através de osmose reversa, cloração, filtração e outros recursos. Vale ressaltar que, todas essas medidas devem ser tomadas sob orientação de profissionais para assegurar a eficácia e, com isso, proteger a saúde de todos.
Quando não há rede de esgoto, é imprescindível criar sistemas paliativos como: filtro, fossa séptica e sumidouro. Todavia, é preciso estar consciente que vez ou outra, podem surgir problemas como entupimentos.
“Essas intercorrências são, geralmente, desagradáveis e requerem resolução por profissionais habilitados, a fim de garantir a segurança e o conforto de todos.” É o que relata o técnico Abson Amorim da Desentupidora na zona sul, Holltec.
“Outro ponto importante é a necessidade da conscientização acerca do descarte de materiais sólidos nos canos, visto que facilita a progressão de entupimentos e transtornos. Isso, para proteger o meio ambiente e a saúde humana, tanto em tubulações provisórias quanto em rede de esgoto tratado”, orienta Amorim. É dever de todos zelar pelo que só traz benefícios como retorno.
Fonte: tratabrasil.org.br