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Por que o vibrador se tornou uma sensação de quarentena?

Imagem ilustrativa: divulgação/ internet
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Os vibradores são cada vez mais um objeto muito comum entre as mulheres. Seu uso vem aumentando principalmente na quarentena e não há mais tabu em torno de seus benefícios. É assim que esse negócio funciona.

Desde o início da pandemia, houve um aumento nas vendas de brinquedos sexuais e romances eróticos. Essa tendência está cada vez mais consolidada e de acordo com dados do jornal The Times, entre novembro e fevereiro houve um aumento significativo nas vendas desses produtos. 

Embora a venda de preservativos e outros produtos também tenha disparado, entre todos os itens em alta, um se destaca: o vibrador. Esse tem sido o item mais vendido e principalmente um modelo denominado Coelhinho, considerado o mais silencioso dessa linha de produtos.

O negócio é tão lucrativo que estão surgindo novas marcas de vibradores projetadas por celebridades como a modelo e atriz britânica Cara Delevigne, que hoje é co-proprietária de Lora DiCarlo, cujo principal produto é um massageador robótico.

Considerando que os compradores são mulheres jovens, os especialistas em sexualidade levantam a hipótese de que o boom do vibrador se deve ao fato de que a pandemia deixou muitas mulheres sem opções para encontrar um parceiro. Sem a liberdade de sair em onde pudessem encontrar um amante ou um namorado em potencial com quem vivenciar espontaneamente um caso sexual, essas mulheres entre 20 e 29 anos vivem uma solidão nunca antes relatada.

Outros apontam que o boom do vibrador ocorre porque as mulheres agora estão morando com seus pais ou outros colegas de quarto, o que as levou a conseguir brinquedos mais discretos e silenciosos, como o coelhinho, o que não levanta suspeitas sendo usado.

Os vibradores perderam o tabu entre as mulheres durante a pandemia, pois compreenderam que mal podem esperar para cuidar de sua saúde sexual para que esta crise termine.

O jornal inglês cita pesquisa da firma Lovehoney, site da Grã-Bretanha que vende produtos eróticos e que constatou que a faixa populacional entre 18 e 35 anos é a que mais sofreu com as consequências do confinamento com queda de 32% de sua atividade sexual. A indústria também viu a oportunidade e respondeu com novos produtos que estão disponíveis online e entregues na porta.

Desse modo, muitos deles, que estão impedidos pela pandemia de encontrar um parceiro hoje, sentem-se mais dispostos a procurar esses produtos. É uma forma de se cuidar nos longos períodos de isolamento. E embora as pessoas possam sair, como acontece em muitos países, o medo de receber um beijo de uma pessoa que acabara de conhecer é muito grande. Assim, muitos optaram por formas mais seguras de viver sua sexualidade.

Mas também os casais, que tiveram que viver sob o mesmo teto 24 horas por dia, 7 dias por semana, são mais encorajados a fazer experiências na cama e, consequentemente, mais interessados ​​em explorar esses brinquedos sexuais.

O fato de personalidades como Paltrow, Johnson e Delavigne estarem por trás desses produtos também fez com que muitas mulheres pensassem que ter um vibrador faz parte de sua vida e de seus cuidados pessoais, pois pode ser um hidratante para o rosto. Assim, pelo menos a Paltrow descreve seus produtos: como algo que deveria estar nas mesinhas de cabeceira de todos. Ou, como diz Lily Allen, que disse abertamente em entrevistas que as mulheres deveriam falar sobre sua sexualidade com mais frequência e sem culpa ou vergonha.

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