A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Pindamonhangaba realizou uma audiência com a Câmara de Vereadores, dia 20 de abril, apara apresentar as receitas, despesas e ações realizadas entre março de 2020 e março de 2021 em relação à Covid-19.
Os dados foram divulgados por meio de gráficos e planilhas pela secretária de Saúde, Valéria dos Santos, e pela adjunta, Ana Claudia Macedo, aos vereadores no auditório municipal.
Valéria dos Santos esclareceu dúvidas sobre os valores utilizados em diversas despesas, como EPIs, RH, laboratórios, leitos, equipamentos, estruturas, medicamentos, insumos, dentre outros. Ela ressaltou a contratação de mais médicos em Pindamonhangaba, o aumento do valor do salário para plantonistas, e também a dificuldade em conseguir mais profissionais.
A secretária frisou a dificuldade em montar equipes especializadas e o empenho da Prefeitura no processo. “Tem a questão de disponibilidade de encontrarmos profissionais no mercado e o tempo para a realização dos atos, da contratação. Tem a questão financeira, da qual reafirmo que os custos para montar equipes completas são elevados. E mais uma vez agradeço a cada um dos vereadores por entenderem essa necessidade e nos ajudar de todas as formas nesse trabalho, especialmente na questão de liberações de mais recursos. Sem a participação de vocês seria muito difícil continuarmos nessa luta que tem sido difícil, porém consistente”.
Outro ponto explicado pela secretária foi em relação ao volume de insumos e medicamentos utilizados por pacientes Covid-19. “Em alguns casos, pacientes que estão internados com covid utilizam até seis vezes mais insumos, medicamentos e oxigênio que os pacientes não covid. Isso faz com que alguns produtos durem menos que do tempo habitual”.
desses elementos, segundo a secretária, é o oxigênio. Ela explicou que certos lotes de oxigênio duravam 12 meses e hoje duram menos de seis meses. “O consumo é muito grande e estamos muito focados em manter todas as unidades abastecidas. Neste momento não falta nenhum item para atendimento e tratamento Covid”. Para oxigênio, por exemplo, ela citou que vai implementar tanque do produto em forma líquida, porque o tempo de vida é maior.
Outro ponto abordado foi em relação à eficácia da vacina, já comprovada em Pindamonhangaba. “Podemos afirmar, com base sólida e estatísticas que a vacina funciona. O efeito da vacina reduziu em 95% a presença de idosos com mais de 80 anos nos leitos covid, e diminuiu a presença deles nos gripários. Por outro lado, a faixa etária de 20 a 49 anos responde por 40% dos leitos de UTI, enquanto que na enfermaria 56% dos pacientes têm entre 51 e 69 anos”, alertou.
Valéria e Ana Claudia tiraram dúvidas em relação às ambulâncias, UTIs e a ocupação superior a 100%, protocolos de vacinação, de limpeza e desinfecção de leitos, dentre outros temas pertinentes à Covid-19.
Elas fizeram um alerta em relação às pessoas que ainda não foram receber a segunda dose da vacina. “Até a manhã de hoje, 305 pessoas ainda não retornaram para tomar a segunda dose do imunizante. Isso é muito preocupante, pois com apenas uma dose a pessoa não está imunizada. Elas precisam ir o quanto antes aos postos de vacinação”.
A audiência foi acompanhada pelo presidente da Câmara, José Carlos Gomes – Cal, e pelos demais vereadores: Herivelto Vela, Norberto, Carlos Eduardo Magrão, Gilson Nagrin, Regininha, Rogério Ramos, Felipe Guimarães, Marco Mayor, Julinho Car, e representante de Renato Cebola.