Devido aos acontecimentos que marcam o panorama mundial, a maioria das salas de cinema se encontram encerradas e os empresários tentam encontrar soluções que possam de alguma forma ajudar a rentabilizar os espaços.
Uma das soluções que parece começar a ganhar vida em locais como a Coreia do Sul e os Estados Unidos é oferecer os espaços das salas de cinema para um público diferente, como os gamers, que usufruem assim do tamanho da tela e qualidade de som para uma experiência de jogo ainda mais incrível.
A indústria cinematográfica sofre um forte abalo desde 2020 com muitas das salas de cinema encerradas e outras com um máximo de 50% da ocupação permitida, eliminando, em alguns casos, a totalidade da renda que era gerada.
Muitas estreias de cinema foram também adiadas criando-se uma urgência crescente em encontrar soluções que permitisse gerar uma nova fonte de renda nestes espaços.
A ideia de utilizar as salas de cinema para jogar é aproveitar as condições do espaço que habitualmente contam histórias em formato de filme, para contarem histórias em formato de jogos. Uma vez que os jogos atualmente têm histórias bem estruturadas e gráficos complexos, a experiência de os poder jogar em uma tela de cinema poderá atrair gamers para esta nova experiência que contribuem assim para gerar alguma renda aos empresários do setor cinematográfico.
Cinema não é só uma tela grande
A ida ao cinema oferece toda uma experiência que vai muito além de uma tela grande. O som que envolve toda a sala, a partilha da sala com outras pessoas que desejam tanto como você assistir àquele filme, até ao balde de pipoca sabor a caramelo, tudo isto são fatores que contribuem para a experiência.
Na verdade, o que se tem verificado nos últimos anos é que apesar do grande crescimento do mercado digital com múltiplas ofertas e novidades, inclusive com o lançamento de filmes em formato streaming, desenvolvimento do mercado mobile e algumas indústrias a passar para um formato digital deixando para segundo plano o formato físico, como tem acontecido, por exemplo, com a indústria do jogo online, nomeadamente dos cassinos, as pessoas continuam a dar valor a uma experiência real ainda que com contornos um pouco diferentes do que acontecia no passado.
Digital sim, mas com uma pitada de realidade
Independentemente dos acontecimentos que empurraram o mundo para a presença online, a verdade é que é inegável que nos encontramos na era digital onde cada vez mais procuramos ferramentas digitais para nos conectarmos com amigos, para nos divertirmos e até para trabalharmos.
Com base nisto é expectável que vários nichos de negócio estejam atentos a esta mudança de hábitos e se reciclem de modo a oferecer os seus produtos ou serviços em formato digital, mas que permitam igualmente dar aos seus clientes uma experiência imersiva e positiva que os fidelizem a determinada marca através da criação de relações de empatia e proximidade.
A oferta de experiências digitais com uma pitada de realidade que permitam aos usuários obter uma experiência imersiva é observada em diversos nichos de mercado, sendo que um dos que mais se tem destacado é precisamente a indústria dos jogos, mas não é a única.
O setor imobiliário utiliza uma estratégia digital onde utiliza ferramentas de realidade virtual para conseguir mostrar aos seus clientes os mínimos detalhes dos imóveis, assim como, permitir-lhes ter a perceção como determinado imóvel ficará quando a obra estiver concluída, aumentando assim as chances de venda.
No setor dos jogos, o desenvolvimento de óculos de realidade virtual para serem utilizados em jogos têm uma estimativa de vendas de 100 milhões de unidades para o ano de 2021 e são uma das provas de como os gamers procuram jogos que lhes permitam ter uma experiência imersiva onde os jogos mimetizem a realidade.
A indústria dos cassinos é outra que mostra que apesar de ter deslocado o seu negócio para o mercado digital, deseja oferecer aos seus clientes uma experiência o mais próxima da realidade de um cassino físico possível, recorrendo cada vez mais a jogos de cassino online com crupiê ao vivo utilizando imagens em direto de alta definição e software de reconhecimento ótico que permitem uma experiência real a quem não tem um cassino físico próximo.
Tudo isto são exemplos do que mais que abrir salas de cinema para novos públicos, as indústrias precisam de se reinventar para oferecer aquilo que o consumidor procura.