Agência teve reuniões com laboratórios nesta quinta-feira
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse nesta quinta-feira (7), que ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou de registro definitivo de vacinas para covid-19 no Brasil. A informação foi dada após nova reunião com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do laboratório Astrazeneca e logo após a apresentação dos estudos clínicos sobre a eficácia da vacina CoronaVac, pelo Instituto Butantan.
“Até o momento, a Anvisa não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou de registro definitivo de vacinas para covid-19 no Brasil”, diz nota divulgada pela agência reguladora.
A reunião na manhã desta quinta-feira tratou de questões envolvendo a autorização emergencial do uso das doses da vacina contra a covid-19 , desenvolvida pela Astrazeneca em parceria com a Fiocruz. Segundo a Anvisa, a troca de informações é a continuidade das reuniões que ocorreram nos últimos dias.
“A Anvisa tem atendido todos os laboratórios que estão desenvolvendo vacinas a fim de orientar e esclarecer questões técnicas para a avaliação de vacinas”, diz a nota.
No dia 31 de dezembro de 2020, a Anvisa autorizou a importação, em caráter excepcional, de 2 milhões de doses da vacina britânica da Oxford, produzida em parceria com a Fiocruz no Brasil. As doses importadas são fabricadas pelo Serum Institute da Índia. No país asiático, o uso emergencial do imunizante já foi aprovado.
Com a chegada dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) importados em meados de janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz prevê que a produção da vacina AstraZeneca/Oxford no Brasil deve começar no dia 20 deste mês. O imunizante previne contra a covid-19 e já começou a ser aplicado no Reino Unido.
A expectativa é que a Fiocruz apresente até amanhã (8) à Anvisa o pedido de uso emergencial dos 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford que o governo negocia para importar da Índia.
Butatan
Técnicos da Anvisa também se reuniram, nesta manhã, com representantes do Instituto Butantan, quando foram apresentados os estudos sobre a eficácia da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. De acordo com o Butantan, a vacina tem taxa de eficácia mínima de 78%.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, o governo paulista ainda não vai encaminhar o pedido de registro definitivo da vacina à Anvisa, já que isso teria que ser feito em conjunto com a Sinovac. O que será feito neste momento, segundo ele, será apenas o pedido de uso emergencial da vacina.