Caraguatatuba registra, nesta quarta-feira (12), 1.003 pacientes recuperados da Covid-19 de um total de 1.380 casos confirmados no município (72,68%).
O casal Karina Monteiro Licarião, 46 anos, e o marido, Alexandre, 54 anos, está entre os recuperados. Karina foi quem percebeu os primeiros sinais da doença.
“Comecei com muita dor de cabeça, dor de ouvido e garganta. Em poucos dias, piorou e passei a ter diarreia, e falta de ar e muito cansaço. Meu marido teve febre alta e vômito também. No dia 26 de julho, fomos atendidos para a UPA Centro. Lá fizemos tomografia que acusou 50% de comprometimento dos pulmões também exame de sangue e o swab (RT-PCR que colhe secreção do nariz e garganta por meio de cotonete) e já ficamos internados”, contou.
Cozinheira, Karina conta que faz suas encomendas em casa e quase não sai assim como o marido, policial aposentado. “Só saio para ir à farmácia, supermercado e padaria e sempre com máscara. Em casa também deixo um pano molhado com água sanitária para limpar os calçados, na porta e tudo que chega da rua é higienizado. Não dá para saber como foi o contágio, mas acabou que toda a família se contaminou”, lamenta.
Nesse meio tempo, entre os sintomas e a internação, o casal teve contato com a filha de 23 anos, o genro de 26 anos e a neta de seis anos, que moram em outra casa. “Minha filha e meu genro começaram a sentir os sintomas de falta de olfato e paladar e também procuraram atendimento na UPA, mas não precisaram de internação. Foram medicados e estão bem. Minha neta teve sintomas leves, de resfriado”, disse.
O casal foi transferido para a Santa Casa no dia 30 de julho. Alexandre teve alta no dia 2 de agosto e a esposa no dia seguinte. Ambos seguem em casa, em recuperação.
“Tivemos um ótimo tratamento na UPA, inclusive, por duas vezes recebemos a visita do prefeito Aguilar Junior, sempre muito atencioso com os pacientes internados. Digo para todas as pessoas, que essa doença não é brincadeira! Todo cuidado ainda é pouco!”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Saúde tem um Canal de Atendimento ao Paciente. O setor acompanha a evolução dos casos, desde a notificação até completarem os 14 dias de sintomas ou por maior período, se o paciente permanecer sintomático.
O monitoramento é realizado também aos feriados, recessos e finais de semana, das 7h às 21h. Conta com uma rede de apoio que inclui uma médica e outros profissionais capacitados e treinados para prestar um atendimento mais humanizado ao paciente.
Até o dia 31 de julho, a equipe de profissionais do Canal realizou 10.500 chamadas telefônicas de monitoramento, média de 81 ligações/dia, inclusive nos finais de semana e feriados.
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