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Comércio Eletrônico, uma surpresa na crise e para o mercado financeiro

E-commerce (Banco de imagem/divulgação)
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 – E-commerce ganhou 4 milhões de novos clientes –

Na contramão da crise está o comércio eletrônico, que foi impulsionado pela pandemia do novo coronavírus e que aumentou na prática, o número de consumidor desta modalidade de consumo. Muitas empresas que ainda não se utilizavam deste recurso passaram a fazê-lo, e quem já fazia venda on-line viu uma crescente no negócio. Foi o caso por exemplo da Via Varejo, que está surfando essa onda e foi o ativo mais negociado em alguns pregões da Bolsa de Valores (B3).

A Via Varejo é especializada em eletroeletrônicos e móveis e opera as redes Casas Bahia, PontoFrio e Bartira, e ainda administra o e – commerce Extra.com.

Antes do coronavírus atingir o país, a companhia valia 18 bilhões de reais na B3. Esse valor caiu a 6,9 bilhões de reais em março, queda de 50%. Agora, após estratégia de vendas, está em quase 12 bilhões de reais. A Via Varejo trouxe aos investidores no balanço de janeiro a março, o primeiro lucro desde junho de 2018: 13 milhões de reais. A empresa também registrou uma alta de 10% nas vendas de maio, após campanha do Dia das Mães.

De acordo com a presidência da Via Varejo, a estratégia para a crise foi conciliar tecnologia e atendimento humano. Com 20 mil vendedores em home office, 7.500 deles já trabalham neste formato híbrido. O faturamento online da empresa hoje é cerca de 70% do total, perante 30% antes da crise.

“A história mostra que para um país ter níveis de crescimento constantes são necessários investimentos em inovação e tecnologia. O setor de consumo e varejo brasileiro tiveram que se reinventar para atender um público novo. Empresários do Vale do Paraíba que afirmavam quedas nas vendas de até 80% no começo do surto, se adaptaram à nova realidade, assim como fez a Via Varejo, para se aproximarem ainda mais dos clientes confinados”, analisou Gustavo Neves, economista e assessor de investimentos da Plátano Investimentos de São José dos Campos.

O assessor de investimento da Plátano Investimentos – XP Investimentos explica como estão as ações da Via Varejo no mercado financeiro.

“A oferta pública das ações da Via Varejo começou em 2013, no segmento Novo Mercado da B3. A empresa está listada com ações ordinárias e também está no mercado fracionado. A ação foi a maior alta do Ibovespa em abril, com ganhos superiores a 73% no período, explicou o assessor de investimentos da Plátano.

Um outro exemplo positivo nesta crise provocada pelo coronavírus é a B2W, empresa de comércio eletrônico que reúne Submarino, Shoptime e Americanas.com.

“As grandes lojas varejistas têm adicionado marketplaces para ajudar os vendedores que durante a pandemia estão com seus estoques parados. Isso fez com que o preço das ações da B2W rompesse a máxima histórica, deixando para trás a queda sofrida por conta da pandemia, o bom resultado da B2W já está precificado, pois as ações tiveram forte alta na casa dos 19%”, comentou Neves.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), na pandemia o e –commerce ganhou 4 milhões de novos clientes e consumidores compram 30% mais na internet e devem manter o hábito após a quarentena. A tendência fortalece as plataformas de gigantes do comércio on-line e os pequenos comerciantes começam a surfar nesta onda para manter o negócio e garantir vendas.

Estas tendências e este segmento do varejo estão sendo observados pelos assessores de investimentos da Plátano Investimentos – XP Investimentos e como todo esse cenário está impactando a bolsa de valores.

“Estas ações neste momento de pandemia têm tido um desempenho de superação e alto nível de eficiência para compor um portfólio, de acordo com o perfil de risco dos investidores, tanto para os investidores experientes quanto para os novatos que ingressam na bolsa de valores. Agora é bom momento para investir nas empresas desse setor”, explicou o economista e assessor de investimentos.


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