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Máscaras feitas por voluntários ampliam estoque das unidades em São José dos Campos

Foto: Adenir Britto/CMSJC
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Se a pandemia continua a aumentar, a solidariedade é maior. Em São José dos Campos, cerca de 40 voluntários se juntaram e estão produzindo protetores faciais para uso dos profissionais de saúde no tratamento dos pacientes com sintomas de covid-19, sejam casos suspeitos ou confirmados.

Esse material é bem-vindo e vai reforçar o estoque das unidades de saúde da Prefeitura e também de hospitais da rede privada. Especialmente neste momento, em que todos os países encontram dificuldades para adquirir produtos e matérias-primas da área médico-hospitalar, já que os fornecedores de equipamentos de proteção individual não conseguem suprir a alta demanda.

No total, o grupo vai doar 6 mil desses equipamentos para as unidades da rede pública municipal, sendo que 4 mil já foram entregues. Denominado Máscaras Solidárias, o projeto reúne professores, estudantes e funcionários da Univap, empresários, integrantes de entidades e munícipes que, de maneira espontânea, se dispuseram a ajudar na causa.

Todos contribuem nas diversas tarefas, desde a fabricação das máscaras de acetato até a embalagem do produto. A logística e distribuição está concentrada na Univap, no campus da Urbanova.

As máscaras são confeccionadas em máquina a laser e impressora 3D. Desde que começou esse trabalho, há mais ou menos um mês, o modelo vem sendo aprimorado, com melhorias que o tornaram mais prático na hora da limpeza e higienização. Atualmente o grupo estuda a possibilidade de usar o policarbonato como opção.

Um dos idealizadores da ação é o professor Irapuan Rodrigues, da área de astrofísica da universidade. “Quando iniciou essa pandemia, pessoas do mundo inteiro tiveram iniciativas como a nossa. Como pesquisador da Univap, eu vi que aqui tinha estrutura para desenvolver um projeto que pudesse ajudar os profissionais de saúde.”

“Esse grupo começou modesto e foi crescendo, com alunos e professores, e agregou parceiros”, diz o professor de engenharia biomédica Alessandro Correa Mendes. Ele ressalta que o objetivo é ampliar o trabalho para mais uma frente, que é a manutenção de equipamentos médicos hospitalares.

Para a aluna Caroline de Vasconcelos Castro, do curso de engenharia aeronáutica, a satisfação de fazer o bem não tem preço. “Está sendo maravilhoso. Quando vemos a quantidade de máscaras que sai por dia e os profissionais de saúde utilizando-as, é gratificante. Saber que estamos ajudando de alguma forma é muito bom.”

Moradora na Vila Industrial, Fernanda Zucareli, aderiu à proposta na primeira hora. “Eu gosto da parte de voluntariado. É algo que está contribuindo para o meu desenvolvimento como pessoa, e me deixa muito feliz saber que estou contribuindo para cuidar daqueles que não podem deixar de trabalhar e estão cuidando dos nossos familiares.”

Pesquisadoras da Unifesp desenvolvem projeto semelhante, chamado Higia, com produção de protetores faciais em impressora 3D para unidades hospitalares, entre elas o Hospital Municipal de São José dos Campos. Cada equipamento é montado com uma haste para a cabeça, uma folha de acetato transparente e um elástico para fixação.

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