Quase impossível de acreditar, mas nem todo mundo que trai deixou de amar o parceiro. Há inúmeros motivos que levam a isso. Entenda:
Você já ouviu alguém falar que, por incrível que pareça, o relacionamento melhorou após uma traição? Acredite ou não, é totalmente possível superar a esse ponto. Entretanto, não significa que em todo caso será assim, pois nem todas as pessoas amam ainda ou conseguem e querem passar por cima do trauma.
Apesar da “prática” estar cada vez mais comum, não só no Brasil – segundo país que mais trai – como em todo o mundo, o assunto ainda é um tabu em sociedade.
Levando em consideração, o site de relacionamentos, Meu Rubi, ouviu a história de três usuários do site que passaram pela situação. O amor continuou presente em todos os casos, mesmo depois das traições.
Mesmo que haja amor, nem todo mundo passa por cima.
As coisas não terminaram bem para a secretária Ana Carolina, 20, mas não por falta de amor. “Quando estava com dois anos de namoro, conheci um rapaz por uma amiga em comum que tínhamos, depois de nos vermos algumas vezes na roda de amigos, saímos sozinhos”, conta.
No caso dela, a vontade falou mais alto e houve relações, mas nada interferiu na relação com o namorado e muito menos no amor que sentia por ele.
Assim como Ana, outras pessoas não sentem que a atitude é totalmente errada, pois amam o parceiro. Mas, manter as coisas escondidas também não está certo. “Expliquei a situação ao meu namorado, como eu me sentia com o que tinha acontecido, achei que ele fosse entender, já que nossa relação era muito boa, mas terminamos por decisão dele”, conta ela, que ainda o ama.
O desgaste da relação é um dos principais motivos.
Os principais motivos que levam a tal atitude são em relacionamentos de anos que ficam desgastados por diversos motivos. As pessoas simplesmente deixam cair na rotina e levam isso como normal.
Se surgir a oportunidade para um dos dois, a vontade da adrenalina naquele momento e a busca por experiências novas pode falar mais alto do que o amor pelo parceiro, embora ele o ame.
Fernanda, 24, que é psiquiatra, casou-se muito jovem com o primeiro marido e aprendeu que se envolver com outras pessoas era errado. Cinco anos casados, o relacionamento esfriou e os dois passavam mais tempo trabalhando do que em casa. “Conheci um colega de trabalho e começamos a nos envolver naturalmente, saiamos algumas vezes durante a semana e mesmo ele também sendo casado, eu não via mais a situação como algo errado”, explica.
Mesmo tendo pouco tempo com o marido, Fernanda afirma que a relação dos dois melhorou, inclusive na cama. “Aprendi muitas coisas com essa outra pessoa, mas era só relações. Um satisfazia o outro e depois voltávamos para nossas casas, eu como uma boa esposa e ele como um bom marido”, finaliza.
Certamente as pessoas não entram em relacionamentos pensando em ser infiéis, mas ao considerar o estudo mais recente, em que 70% das pessoas afirmaram já ter traído alguma vez na vida, constatamos que a natureza humana não lida tão bem com os relacionamentos monogâmicos, apesar da prática ser passada de geração para geração.
É possível superar.
Outro levantamento feito pelo site Meu Rubi, mostrou que, entre 100 novos inscritos no site, 80 são casados.
E em recente pesquisa, foi concluído que metade dos infiéis não temem que o cônjuge descubra a traição, nem pretendem terminar o caso.
O advogado, Marcio, 35, não foi infiel, mas diz ser possível passar por cima de uma traição. “Descobri que minha esposa estava tendo casos fora do nosso casamento quando estávamos juntos há dez anos. No primeiro momento achei que não fosse possível superar e cheguei a pensar que ela não me amava mais”, explica.
Houve diversas conversas e muito esclarecimento por parte dos dois. O casamento seguiu firme. “Hoje posso dizer que nossa relação melhorou muito depois da catarse, não digo que foi bom, mas sei que é possível superar”, finaliza.
Em casos selecionados, os relacionamentos extras parecem ajudar, mas quando as coisas pioram, a melhor atitude a tomar deve ser uma terapia de casais ou conversas francas sobre o relacionamento antes de partir para algo novo.