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Descarte irregular de medicamentos traz sérios impactos para o meio ambiente e à saúde

(Imagem ilustrativa: divulgação/internet)
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Especialista da Anhanguera traz esclarecimentos à população sobre os caminhos adequados para o descarte

Em 25 de setembro é celebrado o Dia Internacional dos Farmacêuticos. Este profissional, que tem sua atuação regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em cerca de 80 áreas diferentes, desempenha um papel de grande responsabilidade social.

Presente em farmácias comunitárias, hospitais, laboratórios de análises clínicas, bem como em indústrias de medicamentos, alimentos e até cosméticos, além do serviço público, entre uma das atividades do farmacêutico está a conscientização à população sobre o uso correto de medicamentos. Mas outra temática relevante é sobre a forma correta do descarte.

O descarte aleatório de medicamentos vencidos ou sobras é feito por grande parte das pessoas no lixo comum ou na rede de esgoto. Esta prática traz sérios impactos ao meio ambiente e à saúde, como contaminação da água, do solo e dos animais. A ausência de uma lei específica que regulamente o descarte de medicamentos vencidos ou sem uso pelo consumidor doméstico traz potenciais riscos ambientais e de saúde pública decorrentes do problema. Segundo informações do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), o Brasil é o sétimo país do mundo em venda de medicamentos, com cerca de 70,4 mil farmácias.

Como grande parte dos medicamentos não utilizados são descartados de maneira inadequada, além da falta de um sistema de logística reversa, isso acaba elevando o risco de contaminação. O professor Everton Tadeu Prado, coordenador do curso de Farmácia da Anhanguera de São José dos Campos, destaca algumas orientações e esclarecimentos sobre o tema.

  1. Muitas pessoas descartam medicamentos vencidos no lixo, e até no vaso sanitário. É correto?

Não é correto fazer o descarte nestes locais, embora isso ainda seja muito praticado pelas pessoas.

  1. Quais impactos para a saúde e ao meio ambiente essa atitude pode ocasionar?

Muitos produtos adquiridos nas farmácias, como medicamentos, cosméticos (dentre eles esmaltes, acetona, tinturas para cabelo, cremes para tratamentos de pele, entre outros), são considerados inofensivos pela maioria das pessoas. Contudo, esses produtos contêm substâncias químicas e, quando descartados no lixo comum, na pia ou vaso sanitário, contaminam o meio ambiente e prejudicam a saúde. Os sistemas de tratamento de esgoto não conseguem eliminar por completo essas substâncias químicas e, com o passar do tempo, elas causam problemas irreversíveis ao meio ambiente.

  1. Quais são as orientações para o descarte correto de medicamentos?

Procure um posto de coleta para descartar os produtos corretamente. Eles podem ser encontrados em farmácias, drogarias, postos de saúde e hospitais. Uma dica é: adquira apenas a quantidade sufi­ciente de produto. Não se iluda com as ofertas de “leve mais e pague menos”, desta forma você evitará que os produtos vençam e tenham que ser descartados.

  1. E quanto aos medicamentos veterinários? Também apresentam os mesmos riscos dos medicamentos para os humanos?

Para os medicamentos veterinários, utilizados em nossos pets, devemos seguir a mesma orientação, pois também possuem substâncias que podem prejudicar o meio ambiente.

  1. Quais os caminhos para o descarte de medicamentos veterinários?

Os mesmos caminhos realizados hoje para produtos humanos. As sobras de produtos, ou medicamentos vencidos devem ser devolvidas para o fabricante. No caso de medicamentos controlados, devem ser entregues para a vigilância sanitária da localidade.

FONTE

Everton Tadeu Prado, coordenador do curso de Farmácia da Anhanguera de São José dos Campos.

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