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Leo Chaves celebra novo momento da carreira e fala da importância do resgate pessoal

Foto: Weslley Silva / Ego Brazil
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Cantor, compositor, produtor, empresário, escritor e palestrante. Prazer, apresento Leo Chaves! Durante 27 anos, Leo dividiu com o irmão Victor uma intensa jornada profissional, torneada de responsabilidades e decisões artísticas em uma das duplas – Victor & Leo – mais bem-sucedidas da história da música sertaneja. Enquanto a dupla segue um hiato, Leo Chaves recebeu o Blog Almanaque Sertanejo para falar desta nova fase da sua vida, neste projeto, agora como cantor solo, estreando com a sua primeira música de trabalho, “Sol das seis”.

Foto: Weslley Silva / Ego Brazil

Entre tantas ocupações, Leo acredita que a dedicação e o foco, são percursores para o domínio de cada uma das áreas que atua. Durante a entrevista, ele conta das dificuldades que tinha em se comunicar, e que encarar esse desafio de frente o fez vencer. Leo revela como a “Inteligência Emocional” o ajudou a sair da sua zona de conforto, após o sucesso da dupla, e o mais importante: O resgate de sua marca pessoal, o que colaborou para que voltasse a ter uma qualidade de vida melhor.

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“Todos esses predicados tiveram suas dificuldades no início, até você conhecer melhor cada atividade. A palavra-chave é dedicação, é foco. Quanto mais você treina e se dedica, você entende muito mais. Nas palestras tive dificuldades porque nunca fui um grande comunicador, pelo contrário, era um cara introspectivo, calado, que tinha medo de falar, tinha meus traumas e complexos em comunicar, mas, enfrentei isso, não só dilui essas questões, como me tornei um palestrante”, revela.

Sedento por ensinar e oferecer ao próximo, Leo busca incessantemente presentear o melhor ao seu público. “Cantar, foi algo que mais fiz na minha vida. Subir ao palco e cantar, hoje, me faz buscar onde estão meus novos desafios. E aí sim eu os reencontros na reinvenção. Os desafios não estão mais na execução de subir ao palco e cantar. A questão está mais no como fazer isso e o que oferecer para as pessoas no sentindo de inovação. Esse é o grande desafio hoje”, explica.

“MANTER É ANDAR PARA TRÁS”

Depois de passar por muitos anos cantando em pequenos estabelecimentos, até o sucesso nacional, Leo afirma que os louros de uma carreira bem-sucedida o fez estacionar na fama. Até o dia que resolveu “acordar”, começar a estudar, a conhecer novos horizontes para escrever uma nova história.

“Tive uma revolução interna, enorme. Decidi me levantar da poltrona do conforto, que todo mundo passa. Fui aquele jovem que ficou em boteco e barzinho por 15 anos, e mirou um determinado lugar, sai do interior de uma cidade de sete mil habitantes – Abre Campo/MG – para fazer sucesso nacional. Tamanho a montanha para você subir, e quando você sobe e chega no topo, lugar onde a dupla chegou, você quer ficar ali. Você quer sentar ali, e isso significa acomodar-se, significa conforta-se diante da vida”.

“Isso acontece em muitas pessoas que alcança o sucesso, a fama em várias outras esferas. Chegou, senta no ontem, e aí é escada rolante, você senta no degrau e rapidinho você é jogada para fora e você não sabe porquê. Manter é andar para trás, e quando eu estava exatamente nesse degrau da escada rolante, eu acordei sendo jogado para fora dela, e isso teve um impacto muito forte em minha vida”, revela.

Foto: Weslley Silva / Ego Brazil

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

“Aí sim eu tive acesso a essas ferramentas e recursos do funcionamento da mente, da questão memorial, do gerenciamento de pensamentos, do direcionamento nas questões de gestões, de empreender. Abri um instituto, fui estudar um pouco educação, fui fazer cursos, ser um curioso na questão de filosofia, fui para a área de neolinguística, inteligência emocional, me apaixonei por isso, me atraiu bastante”.

“O que me fez transbordar a música em benéfico das pessoas, foi adquirir uma consciência que eu faço parte de uma consciência sistêmica. Todos os dias eu acordo com isso: Como eu posso impactar as pessoas? Como eu posso fazer a diferença nesse mundo? Não estou aqui para o meu próprio umbigo, sou parte de um sistema, o que eu posso acrescentar e agregar? Esse período de retomada de consciência durante os estudos, foi o que me fez largar da poltrona do conforto e ir em busca sempre de mais e mais e de fazer não só por mim, mas, para as pessoas também”.

“Uma das revoluções que aconteceram em minha vida, foi resgatar a minha marca pessoal, humana. Quando você está no sucesso, seja em qualquer esfera profissional, a tendência é você estampar essa marca na testa, no peito, e eu estampava o Leo, do Victor & Leo, o tempo todo. Quando acontece isso com você, significa que você está preso em um personagem”.

“A representação social, o que as pessoas esperam de você o tempo inteiro, já que você é um cara conhecido e formador de opinião, elas querem que você funcione como aquele cara que elas conheceram na mídia. E isso é muito perigoso e você se anula como ser humano, como eu, autêntico, principio, raízes, valores e essência. O que perde a essência, se torna mentiroso”.

“Resgatar a minha marca pessoal, me fez voltar a ir ao clube, levar o meu filho na escola, caminhar no dia a dia nos lugares comuns, normais. Isso me fez descer do palco. O artista normalmente quando faz sucesso, ele sobe ao palco, e quando vai descer, só desce das escadas, e ele continua no palco o tempo inteiro cantando a fama. A fama hoje virou profissão. Nunca houve tanto desejo por ser famoso, por ser reconhecido, ter atenção e elogios, como nos dias atuais. Só que isso vicia”.

“A grande diferença, a grande virada, foi resgatar a minha marca pessoal. Isso me aproximou da minha família, dos meus filhos, dos meus amigos, de mim mesmo, de momentos especiais, como olhar para uma árvore, sem tempo, hoje vou tirar o dia para mim, vou pegar um pãozinho com manteiga e dar com café para o meu filho, como o meu avô fazia para mim. Vou bater papo com o meu filho sobre a escola dele, vou conversar com a minha mãe e com o meu pai, sem pressa”.

MÚSICA, ESCRITOR E PALESTRANTE

“Muitas pessoas compraram o meu livro – “No colo dos anjos” – porque eu canto. Muitas pessoas vão na minha palestra porque eu canto também. Acho que isso vai continuar sendo sempre. Outras pessoas compram o meu livro pelos conceitos que eu abordo. Outras vão nas palestras pelas minhas falas, por aquilo que eu compartilho de ideias. O que quero dizer é que a música me trouxe aos palcos e palestras e essa esfera da literatura. A música é a minha prioridade. Tenho o projeto de fazer a palestra durante o dia e o show a noite. Durante o dia o pessoal terá de me aguentar falando, e depois, cantando”.

“SOL DAS SEIS”

No momento atual, inovação e diversificação traduzem bem a nova etapa que Leo Chaves inicia com o lançamento de seu primeiro single solo, “Sol das seis”, que contou com a participação especial da cantora Ludmilla, um dos principais nomes do pop atual.

Sol das seis:

“Essa música não revela a identidade do meu projeto solo, mas, revela uma delas que é a música romântica. Mas, garanto a todos que quero surpreender muitas pessoas com o que vou cantar. Pretendo interpretar diversos personagens de uma sociedade de um país multicultural como o Brasil. Vou cantar de forró, brega autentico, sofrência, romântico, pop, ao que der na cabeça”.

E, entre essas novidades que pretende apresentar, Leo diz que o seu irmão, Victor, pode ser uma delas. “Ele pode aparecer na gravação de um single, no palco fazendo uma ou duas canções juntos, como eu também posso aparecer em algum projeto dele, naturalmente. Seria um inusitado super bem-vindo”, diz.

O principal propósito de Leo, no entanto, segue inabalável: impactar pessoas e arrancar sorrisos por meio da arte. “Esse é o ponto que me faz sair de casa para fazer música: o compromisso humanitário de transformar vidas. E agora, com público novo em caminho solo, tudo ganha um sabor de desafio e clareia ainda mais o meu Norte”, completa.

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