Projeto “Escola + Bonita” visa revitalizar mais de 2 mil escolas estaduais com trabalho de presos; em julho, mais de 200 sentenciados revitalizam escolas de 5 municípios da região
Homens e mulheres que cumprem pena no regime semiaberto em unidades prisionais do Vale do Paraíba continuam os trabalhos de pintura em escolas da região neste mês de julho. O programa “Escola + Bonita” segue atualmente com dois ciclos de execução nas cidades do Vale do Paraíba. São elas: Tremembé, Taubaté, São José dos Campos, Guaratinguetá e Aparecida.
Até o dia 17 de julho, serão entregues mais 5 escolas da rede pública com parte da estrutura de “cara nova”; os trabalhos de pintura começaram no dia 4 e contam com a participação de 125 reeducandos. De 15 a 26 de julho, uma segunda turma com outros 100 presos seguirá com a pintura em mais 4 escolas.
Força tarefa
Em todo o estado, 103 escolas estão sendo pintadas por presos durante o mês de julho graças ao projeto “Escola + Bonita”. Ao todo, 67 municípios paulistas são beneficiados com a iniciativa. Desde o início do mês e até o final de julho, 3.025 reeducandos estarão preparando os 103 estabelecimentos escolares para o novo semestre. Do total de escolas, 90 são escolas estaduais – as demais são municipais, além da Faculdade de Tecnologia Prefeito Hirant Sanazar, de Osasco.
Escola + Bonita
A ação faz parte do programa “Escola + Bonita”, que prevê a revitalização de 2,1 mil escolas estaduais de São Paulo até 2020. O projeto oferece capacitação aos sentenciados na área de construção civil, com enfoque no curso de pintura de obras públicas, e, ao mesmo tempo, mantém limpas e pintadas as estruturas de ambientes escolares do Estado de São Paulo. Os detentos participam de 20 horas de aulas teóricas, nas dependências das unidades prisionais, e mais 80 horas de aulas práticas, quando partem para ações nas edificações das cidades.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre as Secretarias da Administração Penitenciária (SAP), da Educação e de Desenvolvimento Econômico, sob gestão na SAP da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC). A pintura é feita em horários que não interrompam a utilização da escola, com tintas sem cheiro para não interferir na dinâmica dos profissionais no ambiente educacional.