Início Polícia Detentos do CPP de Tremembé concluem pintura de escola em Taubaté

Detentos do CPP de Tremembé concluem pintura de escola em Taubaté

(Foto: Divulgação/SAP)
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Reeducandos em regime semiaberto do Centro de Progressão Penitenciária “Dr. Edgard Magalhães Noronha”, o CPP de Tremembé, terminam a revitalização da escola municipal “Professora Judith Campista Cesar” em Taubaté no dia 26 de maio.

A ação faz parte do projeto Escola + Bonita, que oferece capacitação na área de pintura de prédios públicos aos sentenciados e, ao mesmo tempo, mantém limpas e pintadas as estruturas de ambientes escolares pintadas do Estado.

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Desde abril, 25 presos participaram de aulas teóricas na unidade prisional e partiram para atividade prática na escola durante os finais de semana, para não interferir no calendário da instituição de ensino. Os novos profissionais poderão realizar trabalhos de preparação e acabamento de superfícies imobiliárias, utilizando diferentes equipamentos, utensílios, ferramentas e produtos nesse processo.

Com esta turma de detentos no Vale do Paraíba, 170 homens e mulheres privados de liberdade já atuaram na pintura de sete escolas nas cidades de Pindamonhangaba, Potim, São José dos Campos, Taubaté e Tremembé. “É uma excelente iniciativa para que o reeducando seja reinserido na sociedade”, afirma Lúcio Flávio Ferreira, diretor do Núcleo de Trabalho do CPP de Tremembé. “Para quem abraça a oportunidade oferecida pelo curso, as chances de conseguir um emprego na rua aumentam”, completa.

Para o preso Alexandre, de 35 anos, a capacitação é importante para os projetos de vida longe do presídio. “Da última vez que tive o benefício da saída temporária, recebi o convite de amigos para trabalhar com pintura”, conta. O interno, que está prestes a sair em liberdade depois de 10 anos no cárcere, pretende trabalhar como pintor e prestar vestibular para se graduar em Tecnologia da Informação. “É o que vai me sustentar financeiramente lá fora”, afirma.

ESCOLA + BONITA

O projeto Escola + Bonita prevê a revitalização de 2,1 mil escolas estaduais de São Paulo até 2020. A ação é resultado de uma parceria entre as Secretarias da Administração Penitenciária (SAP), da Educação e de Desenvolvimento Econômico, sob gestão na SAP da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC). A pintura é feita em horários que não interrompam a utilização da escola, com tintas sem cheiro para não interferir na dinâmica dos profissionais no ambiente educacional.

A aliança entre as três Secretarias, além de dar cara nova a prédios públicos e contribuir na melhoria das condições de ensino, garante aos presos do regime semiaberto o diploma de pintores. “O projeto oferece uma oportunidade para que esses reeducandos, ao término da pena, saiam em liberdade capacitados para exercer uma profissão”, avalia o secretário da SAP, Coronel Nivaldo Cesar Restivo.

Para Evaldo Barreto, diretor técnico do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da CRSC, o projeto é um processo de preparação para a vida longe dos presídios. “Os detentos terão mais facilidade de serem inseridos no mercado de trabalho ou até mesmo de se tornarem empreendedores, diminuindo de forma significativa as chances de voltarem a cometer crimes”, completa.

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