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Garantir a operação contínua, segura e eficiente de clínicas e hospitais não depende apenas de bons profissionais e equipamentos de ponta. A estrutura física e os sistemas de suporte também precisam funcionar perfeitamente. Um plano de manutenção bem estruturado é a chave para assegurar que tudo isso aconteça com o menor risco possível de falhas. 

A seguir, você vai entender como criar um plano de manutenção eficaz para unidades de saúde, respondendo às dúvidas mais comuns e apresentando as melhores práticas para manter a excelência nos serviços prestados.

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Por que clínicas e hospitais precisam de um plano de manutenção?

Unidades de saúde operam em ambientes de alta complexidade e risco. Um pequeno problema em um sistema de climatização, na rede elétrica ou nos equipamentos médicos pode comprometer a segurança dos pacientes, atrasar atendimentos e gerar custos inesperados. Por isso, a manutenção hospitalar deve ser planejada com foco preventivo, estratégico e contínuo.

Além de garantir o bom funcionamento das instalações, um plano de manutenção eficaz está diretamente ligado à segurança do paciente, à conformidade com normas regulatórias e à redução de desperdícios operacionais.

Etapas para criar um plano de manutenção eficiente em unidades de saúde

1. Avaliação da estrutura física e dos ativos hospitalares

O primeiro passo para desenvolver um plano de manutenção eficaz é conhecer detalhadamente a infraestrutura da clínica ou hospital. Isso inclui a edificação, sistemas elétricos e hidráulicos, equipamentos médicos, mobiliário, sistemas de TI, climatização, geradores, elevadores e outros ativos essenciais.

É fundamental elaborar um inventário técnico de todos os bens e sistemas que requerem manutenção periódica. Essa etapa permite entender a vida útil de cada item, suas exigências operacionais e os impactos que uma falha pode causar.

2. Definição dos tipos de manutenção mais adequados

Dentro do planejamento, é preciso escolher quais estratégias de manutenção serão aplicadas. Os principais tipos de manutenção em unidades de saúde são:

  • Manutenção preventiva: realizada de forma programada, com o objetivo de evitar falhas. Exemplo: troca periódica de filtros do sistema de ventilação.
  • Manutenção corretiva: ocorre após a identificação de uma falha. É mais comum quando não há planejamento ou quando um equipamento supera sua vida útil.
  • Manutenção preditiva: baseada em análises e monitoramento para identificar sinais de desgaste antes que ocorra a falha. Utiliza sensores e diagnósticos avançados.

Uma combinação dessas abordagens, com prioridade para a manutenção preventiva, é a melhor forma de reduzir custos e evitar interrupções críticas.

3. Estabelecimento de cronogramas e rotinas

Cada equipamento ou sistema deve ter um cronograma de manutenção definido com base nas recomendações dos fabricantes, nas normas técnicas aplicáveis e na frequência de uso. Por exemplo, o ar-condicionado de uma sala cirúrgica requer mais atenção do que os sistemas de um corredor administrativo.

O ideal é estruturar um calendário anual com as manutenções previstas, separando as atividades por periodicidade (diária, semanal, mensal, semestral, anual). Esse planejamento ajuda a organizar as equipes e reduzir o impacto das intervenções no funcionamento da unidade.

4. Criação de protocolos de inspeção e registros técnicos

Todo procedimento de manutenção deve seguir protocolos claros e padronizados. Isso inclui checklists, relatórios de execução, controle de peças trocadas e registros de falhas. Esses dados são valiosos para acompanhar o desempenho dos ativos e tomar decisões mais precisas.

A digitalização desses processos, por meio de softwares de gestão da manutenção, é uma tendência crescente. Ela permite acesso rápido a informações históricas e facilita auditorias.

Quais setores exigem atenção especial em um plano de manutenção hospitalar?

Alguns setores e sistemas críticos merecem prioridade no planejamento da manutenção em clínicas e hospitais:

  • Sistema elétrico e geradores: falhas podem afetar cirurgias, UTIs e equipamentos vitais.
  • Climatização e ventilação: impactam diretamente o controle de infecções e o conforto dos pacientes.
  • Equipamentos médico-hospitalares: como monitores, desfibriladores e autoclaves, que precisam estar sempre calibrados e em perfeito estado.
  • Infraestrutura predial: vazamentos, infiltrações e rachaduras podem comprometer a segurança do ambiente.
  • TI e sistemas de gestão: servidores, redes e softwares precisam operar sem interrupções, pois são vitais para o prontuário eletrônico e agendamentos.

Como garantir a conformidade com normas e regulamentações?

A manutenção em unidades de saúde deve estar alinhada com exigências legais da vigilância sanitária, Corpo de Bombeiros, normas da ANVISA e regulamentos locais. Algumas das normas mais aplicadas incluem:

  • RDC nº 50/2002 (ANVISA): trata da infraestrutura física de estabelecimentos assistenciais de saúde.
  • NR-32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde): define obrigações sobre ambientes, riscos e manutenção.
  • NBR 5410 (instalações elétricas): estabelece critérios para segurança e funcionamento de sistemas elétricos.

Ter um plano de manutenção documentado e atualizado ajuda a garantir conformidade durante inspeções e auditorias, reduzindo riscos legais e operacionais.

Quais são os principais desafios na manutenção de clínicas e hospitais?

Embora essencial, a manutenção em unidades de saúde enfrenta alguns obstáculos comuns:

  • Falta de equipe especializada: profissionais sem formação técnica adequada podem comprometer a eficácia das ações.
  • Orçamento limitado: a falta de investimento pode levar à priorização de ações corretivas, que são mais caras a longo prazo.
  • Dificuldade de parada para manutenção: em hospitais 24 horas, é difícil interromper atividades para fazer ajustes ou consertos.
  • Falta de planejamento integrado: quando não há alinhamento entre a manutenção e a gestão da unidade, aumentam os riscos de falhas não previstas.

Esses desafios podem ser superados com capacitação, planejamento estratégico e uso de tecnologias de gestão.

Dúvidas comuns sobre manutenção em unidades de saúde

Quem deve ser responsável pelo plano de manutenção?

O ideal é que clínicas e hospitais contem com um setor de engenharia clínica ou de manutenção predial. Em unidades menores, empresas terceirizadas com experiência na área hospitalar também podem assumir essa função.

Com que frequência a manutenção deve ser feita?

Depende do tipo de equipamento e do uso. Equipamentos críticos devem ter inspeções mais frequentes. O ideal é sempre seguir as recomendações do fabricante e das normas técnicas.

Vale a pena usar software de gestão da manutenção?

Sim. Softwares especializados ajudam a organizar tarefas, prever falhas, manter registros e melhorar a tomada de decisões. São uma ferramenta valiosa para a eficiência do plano.

O plano de manutenção é parte da segurança do paciente

Criar um plano de manutenção eficaz para clínicas e hospitais é uma medida estratégica, econômica e essencial para a segurança dos pacientes. Ao investir em planejamento, capacitação e tecnologia, é possível evitar interrupções, reduzir custos com consertos emergenciais e garantir a confiabilidade da infraestrutura de saúde.

Refletir sobre os processos atuais de manutenção e buscar melhorias contínuas pode ser o diferencial entre uma operação eficiente e uma cheia de riscos. Se você é gestor, técnico ou profissional da saúde, comece agora mesmo a estruturar ou revisar o plano de manutenção da sua unidade. Compartilhe este conteúdo com sua equipe e ajude a disseminar boas práticas no setor.

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