No início da noite desta segunda-feira (16), detentos deram início a uma rebelião, no presidio Dr Edgar Magalhães Noronha (Pemano), em Tremembé. 218 detentos conseguiram fugir e a SAP informou que 112 já foram recapturados até as 19h41 desta terça.
De acordo com informações, os detentos ficaram sabendo que a saidinha de Páscoa, prevista para a manhã desta terça-feira (17), foi suspensa devido à pandemia de coronavírus e deram início a rebelião.
Os detentos atearam fogo em colchões e 218 conseguiram fugir escalando muros e grades. Equipes da Polícia Militar de Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba, Polícia Rodoviária e Baep foram acionadas e prestaram apoio, juntamente com o Grupo de Intervenção Rápida (GIR). Até as 19h41 desta terça, 112 detentos já foram recapturados.
A rodovia Amador Bueno da Veiga, que liga as cidades de Taubaté é Tremembé ficou interditada para o tráfego no trecho do Pemano.
O tráfego de veículos foi desviado pela Policial Rodoviária Estadual, logo na saída do bairro Jardim Gurilandia, em Taubaté, e do Araretama, em Pindamonhangaba.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 19h40 para combater as chamas em colchões no pátio do presídio. Duas viaturas atuam no combate.
Há registros de motins e fugas em diversas penitenciárias do Estado de São Paulo.
Nota oficial da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) divulgada às 23h22.
A Secretaria da Administração Penitenciária informa que a situação está controlada nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis, onde houve evasão de presos e ato de insubordinação devido à suspensão da saída temporária, que ocorreria amanhã. O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata.
Até às 22h30, 174 presos foram recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária. A SAP realiza a contagem para determinar o número exato de fugitivos.
Saída temporária suspensa
A medida foi necessária, pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.